Às 5h30 dessa quarta-feira, uma hora mais cedo do habitual e ainda antes de o sol nascer, foram liberadas as senhas que ordenam a visita de parentes aos presos do Complexo Penitenciário da Papuda, onde estão detidos 11 condenados do processo do mensalão. Diferentemente do que costuma acontecer, no entanto, a distribuição ocorreu ao lado da primeira guarita que controla o acesso ao local e não houve a correria desesperada de mães e esposas de detentos. “Só a fila estava mais organizada, lá dentro, estava tudo igual”, queixou-se uma das visitantes, de 32 anos, que esteve com marido preso e reclamou do “cheiro de azedo” da comida. Outra mulher, que visita o local todas as semanas, há dois anos, para ver o filho, percebeu melhorias na fila, mas acredita que basta que os holofotes saiam da Papuda para que tudo volte ao normal: “É só para inglês ver”.