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Cineasta filma exumação de Jango para mostrar a história da Operação CondorMinistra diz que exumação de Jango é 'dever do Estado'Renan entrega diploma de restituição simbólica de mandato para filho de JangoCaos aéreo adia ato do Congresso de devolução do mandato de JangoCongresso prepara sessão solene para devolver simbolicamente mandato de JangoJango é enterrado com honras de chefe de EstadoDurante os debates, o deputado federal e militar da reserva Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi o único a criticar a proposta. Segundo ele, a medida tem por objetivo tentar, com a anulação do ato de vacância, "apagar um fato histórico de modo infantil". "Isso é mais do que stalinismo, quando se apagavam fotografias, querem apagar o Diário do Congresso", disse o deputado.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos autores do pedido e amigo de João Goulart, afirmou que o momento é de se exaltar o "momento histórico". Ele lembrou que Jango, como era conhecido, ainda estava dentro do país quando foi apeado do poder. "Não vamos reconstituir os fatos. A história apenas vai dizer que, naquele dia, o presidente do Congresso usurpou a vontade popular de maneira estúpida e ridícula, depondo o presidente da República", declarou, no discurso mais aplaudido em plenário.
O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), relator do projeto de resolução, defendeu que o Congresso precisa ter "coragem" para admitir que naquela noite de 1964 ocorrera uma das "páginas sombrias da sua história". "Eu fico muito feliz que nós estamos vendo uma das páginas mais lindas deste país", disse o tucano, ao dar parecer favorável ao pedido.
Desta vez, o presidente do Senado conseguiu derrubar a tentativa de Jair Bolsonaro de derrubar a sessão por falta de quorum, como ocorreu na sessão anterior. Renan Calheiros usou artigos do regimento interno da Câmara e da Constituição para barrar a iniciativa do deputado do PP. "Vossa Excelência, contra todos os lideres, todas as bancadas, não pode paralisar os trabalhos do Congresso Nacional, contrariando a Constituição Federal", afirmou.
Após a derrota, Jair Bolsonaro disse ter ficado "satisfeito" com a decisão do Congresso que, na opinião dele, reconhece que o golpe não teria partido dos militares, mas sim pelo próprio Poder Legislativo.