A Polícia da Itália confirmou nesta quinta-feira, 21, que Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e condenado a 12 anos de prisão pelo envolvimento no caso do mensalão, está em território italiano e que entrou no país por uma das fronteiras terrestres do pais. Mas, desde então, seu paradeiro é desconhecido.
Pizzolato foi o único entre os condenados no caso do mensalão a fugir. Pessoas próximas a ele indicaram que ele teria ido ao Paraguai, passado por Buenos Aires e, de lá, embarcado para a Europa, com o destino final sendo a Itália.
Em Roma, o Ministério da Justiça também afirma "desconhecer" o paradeiro de Pizzolato e insiste que, por enquanto, ele é um "homem livre".
"Trata-se por enquanto de um cidadão normal, livre, e que não existe motivo para que o Ministério da Justiça entre em campo. Só vamos agir quando e se ele for preso. Ele pode estar na Itália, como pode estar em qualquer lugar também da Europa com um passaporte italiano", informou a assessoria de imprensa do ministério. Esta foi a primeira vez em quase uma semana que o governo da Itália se pronunciou sobre o caso.
O Estado revelou na quarta, 20, que o Ministério do Interior italiano não encontrou registro de Pizzolato em hotéis e tão pouco em aluguéis ou contratos em nome do ex-diretor do Banco do Brasil.
Para a Justiça italiana, Pizzolato apenas será alvo de uma ação caso uma das duas seguintes condições forem cumpridas: a primeira seria o recebimento de um pedido de extradição do Brasil. A segunda seria uma eventual captura por parte da Interpol do ítalo-brasileiro, caso ele de fato esteja na Itália.
"Nesse caso, um tribunal então avaliaria sua condição e então decidiria se ele pode ou não ser extraditado. Tendo isso em mãos o Ministério da Justiça então faria uma consideração política sobre o caso", completou o Ministério da Justiça.