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Governo da Itália não confirma se Pizzolato está no paísBrasil insiste mas Itália resiste a busca por PizzolatoMinistério da Justiça diz que Pizzolato pode ser extraditado para o BrasilPolícia Federal investiga fuga de PizzolatoSegundo amigos, Pizzolato estaria "positivamente surpreso" com a repercussão da documentação que tem sido divulgado a seu respeito. "Por que não quiseram ver os documentos antes?", teria perguntado.
Contrainformação
A fuga de Pizzolato do Brasil ainda é objeto de versões contraditórias. Inicialmente, dizia-se que o ex-diretor fora em automóvel do Rio até o Paraguai, passara a pé a fronteira provavelmente em Pedro Juan Caballero, e de lá teria ido em outro veículo para a Argentina. Com uma segunda via do passaporte italiano, teria ido de avião para a Itália. A segunda versão dizia que Pizzolato teria passado pelo Paraguai e ido para Buenos Aires, de onde seguiu com documento de viagem provisório, para a França. De território francês, teria ido para a Itália de carro.
Ontem, afirmava-se que o ex-diretor fora de carro até Santa Catarina e andara dez quilômetros "até o Paraguai". Mas do outro lado de Santa Catarina já é território argentino. De Buenos Aires, com um documento de viagem obtido com identidade italiana Pizzolato teria ido para a Espanha e seguido de trem para a Itália, onde teria penetrado a pé - não se esclarece por onde.
Também não ficou claro qual documento Pizzolato usou para embarcar. Seus dois documentos de viagem oficiais (brasileiro e italiano) foram entregues à Justiça brasileira. Os amigos do ex-diretor insistem que ele obteve um documento provisório e dizem que Pizzolato saiu por Buenos Aires, apesar da inexistência de registros recentes do ex-diretor no país vizinho e da afirmação do governo italiano que não lhe deu novo documento.
O vai vem das versões, passadas aos pedaços para diferentes órgãos de comunicação desde a segunda-feira, parece parte da estratégia de despiste de Pizzolato para dificultar a sua localização. Amigos do ex-diretor explicam que a fuga foi operada por três "núcleos": um no Brasil, outro na América do Sul e outro na Europa. Só Pizzolato teria conhecimento da operação completa.
Vídeo
Um amigo de Pizzolato, Miguel do Rosário, postou nesta quinta-feira na internet um vídeo de nove minutos, feito antes da condenação, em que o ex-diretor se defende. Ele acusa a Procuradoria Geral da República e os ministros do STF de terem ignorado provas que o inocentavam e pede que os petistas não aceitem as acusações de corrupção. Aparecem o ex-presidente do PT José Genoino e o senador Eduardo Suplicy (SP), que abraça o ex-diretor.
"Da parte onde trabalhei, não existiu um centavo, vou até meu último segundo de vida, vou comprovar. Dinheiro do Banco do Brasil, na minha gestão, onde fiscalizei, não saiu um centavo do Banco do Brasil. Tudo era fiscalizado, tudo era decidido em comitê, ninguém decidia