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Estado de Minas

Hospital está proibido de divulgar informações sobre estado de saúde de Genoino

Na manhã desata sexta-feira, a assessoria de imprensa do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal informou que não divulgará boletim médico a pedido da família e do Judiciário


postado em 22/11/2013 09:18 / atualizado em 22/11/2013 09:45

O ex-presidente nacional do PT e deputado federal licenciado José Genoino continua internado em  um hospital de Brasília. A assessoria de imprensa do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, em Brasília, onde Genoino se encontra desde a tarde dessa quinta-feira (21), informou na manhã desta sexta-feira que o hospital não divulgará, a pedido da família e do judiciário, boletim médico sobre o seu estado de saúde.

Nessa quinta-feira, a assessoria do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal divulgou  nota confirmando a entrada de Genoino, às 14 horas de ontem, no setor de emergência, acompanhado do juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal e do médico do sistema prisional José Ricardo Fonseca. A decisão de não divulgar informações sobre o estado de saúde de Geoino, no entanto, poderá ser revertida,  segundo informou a assessoria do hospital, depois de uma reunião marcada para acontecer ainda na manhã desta sexta-feira com familiares e representantes do Judiciário.

Conforme a nota do hospital onde Genoino está internado, ele foi submetido nessa quainta-feira a uma bateria de exames laboratoriais e de imagem, entre eles ecocardiograma e tomografia. Não houve divulgaçao sobre os resultados dos exames.

Cadeira de rodas


Genoino deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília - onde estava preso desde o último sábado (16), depois de se apresentar à Polícia Federal em São Paulo na última sexta-feira (15) -, em uma cadeira rodas e sob escolta de quatro policiais. O ex-presidente nacional do PT tem severos problemas cardíacos, confirmado por meio de laudo expedido pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta semana. Em julho deste ano, Genoino foi submetido a uma cirurgia cardíaca.

Nessa quinta-feira, o deputado fdereal licenciado foi levado para o hospital apos se queixar de fortes dores no peito. Não há confirmação de boletim médico do hospital onde ele foi socorrido que ele teria sofrido um princípio de enfarte. Contudo, há relatos de advogados, familiariares e aliados políticos que o visitaram na cadeia de que o estado de saúde de Genoino vem se agravando dsde que ele foi transferido de São Paulo para Brasília, no último sábado (16). Nessa quinta-feira (21), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, autorizou que Genoino fique fora da prisão até que seja realizada perícia médica para verificar as condições de saúde do congressista.

A decisão de Barbosa permite que Genoino, condenado a 6 anos e 11 meses de detenção pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, fique em tratamento domiciliar ou hospitalar até que uma junta médica chegue a uma conclusão sobre o seu estado de saúde.

Pela decisão de Barbosa, a perícia deverá ser feita em 24 horas por no mínimo três médicos cardiologistas indicados por diretores do Hospital Universitário de Brasília e da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília. "A junta médica deverá esclarecer se, para o adequado tratamento do condenado, é imprescindível que ele permaneça em sua residência ou internado em unidade hospitalar", afirmou o ministro no despacho.

Desde a última sexta-feira (15), quando Genoino foi preso, advogados do deputado licenciado tentam convencer o presidente do STF a transferi-lo para prisão domiciliar. Eles alegam que o congressista sofre de doença cardíaca grave. No fim de semana, Genoino ficou em cela fechada. Na segunda-feira, ao lado do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, foi transferido para o regime semiaberto, menos rígido.

Domiciliar

Para Barbosa, as condicionantes para determinar a prisão domiciliar "não estão satisfatoriamente demonstradas". No despacho divulgado por volta das 14h45 de ontem, o presidente do Supremo reconheceu que o tribunal tem um entendimento consolidado favorável à prisão domiciliar nos casos em que o condenado sofre de doença grave. 

"Todavia, como ressaltou o MPF, há possibilidade excepcional de concessão do regime domiciliar para réus do regime semiaberto ou do fechado, desde que demonstrada a gravidade da doença e, notadamente, que o estabelecimento prisional não possa fornecer o tratamento médico prescrito para atender à recomendação médica "

Em um parecer encaminhado na terça-feira (19) ao STF, a procuradora-geral da República interina, Ela Wiecko de Castilho, havia sugerido a realização da perícia médica por uma junta integrada por especialistas em cardiologia. (Com Agência Estado)


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