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Estado de Minas

Em encontro do PSDB, Aécio diz que petistas desperdiçaram recursos em obras inacabadas

Questionado se já falava como candidato à Presidência, o senador foi cauteloso, lembrando que como mineiro 'nunca coloca o carro na frente dos bois'


postado em 23/11/2013 06:00 / atualizado em 23/11/2013 08:05

Ao lado do governador de Goiás, Marconi Perillo, Aécio Neves acusou o PT de colocar em risco as conquistas do PSDB (foto: George Gianni /PSDB)
Ao lado do governador de Goiás, Marconi Perillo, Aécio Neves acusou o PT de colocar em risco as conquistas do PSDB (foto: George Gianni /PSDB)

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), fez pesadas críticas ao governo federal, classificando-o de perdulário, em Goiânia (GO), durante o quarto de cinco encontros que os tucanos pretendem fazer pelo país até o fim do ano. 'O Brasil tem hoje um governo perdulário, que transformou o país num grande cemitério de obras inacabadas. É um desperdício de dinheiro e o benefício não chega', afirmou o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, que se reuniu na manhã de ontem com lideranças de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal para discutir um agenda para o Brasil.

Em seu discurso, Aécio disse que nas andanças que tem feito pelo país percebe que o ciclo do PT no governo está no fim e que o PSDB tem condições de fazer um governo com mais avanços e garantiu que os tucanos marcharão unidos em 2014 na disputa contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição. Saudado com os gritos de 'Brasil pra frente, Aécio presidente', o senador disse que está na ''largada de uma aventura a favor do país'. Ele ressaltou que depois de percorrer 20 estados e centenas de municípios, o sentimento é de que não dá mais para continuar como está. 'Estão colocando em risco as principais conquistas do PSDB. A inflação está em alta e essa alquimia econômica já perdeu a credibilidade', exemplificou.

Questionado se já falava como candidato à Presidência, o senador foi cauteloso, lembrando que como mineiro 'nunca coloca o carro na frente dos bois', e afirmou que estava lá como presidente nacional do PSDB, 'mas com responsabilidade, sim, de dizer o que pensamos'. Coube ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmar em seu discurso que o senador é o preferido do partido, de norte a sul. "Aécio tem o apoio das 27 seccionais do partido, dos oito governadores, de todos os senadores, deputados e prefeitos do PSDB. Vá em frente, você já é o pré-candidato do partido", disse Perillo. Sobre a disputa, o tucano disse ter convicção da ida do PSDB para um provável segundo turno. 'Estou absolutamente convencido de que vamos para o segundo turno e vencer as eleições.'

Para o senador, o Brasil precisa de um 'governo generoso', 'que cuide das pessoas, que se preocupe menos com a propaganda partidária, menos com as eleições, e mais em governar'. Mas de acordo com ele, o que o Brasil tem hoje é uma candidata a presidente da República 'trabalhando única e exclusivamente pela sua eleição, enquanto o Brasil perde credibilidade, com indicadores econômicos terríveis'.

O presidente do PSDB disse que este é um governo do improviso. Citando Perillo, que antes havia criticado a política fiscal do governo federal, Aécio afirmou: 'a porteira para dentro somos os mais produtivos do mundo. Mas o problema é que da porteira para fora falta tudo. Falta rodovia e infraestrutura', citou.

Mensalão Sobre a prisão dos condenados no julgamento do mensalão, o tucano disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) cumpriu seu papel ao condenar os que são culpados e 'sobre quem as provas eram contundentes' e absolver aqueles sobre quem 'as provas não eram claras' e rebateu as críticas do PT de que houve um julgamento político. Sobre a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que determinou que o deputado licenciado e preso José Genoino (PT-SP) fosse hospitalizado, ele disse que se for comprovada a necessidade de tratamento a prisão domiciliar está definida em lei: 'Se houver a confirmação dessa necessidade, essa facilidade, essa benevolência (prisão domiciliar para tratamento) deve ser dada até porque ela respeita aquilo que a lei prevê hoje no Brasil'. (Com agências)


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