O destino do deputado José Genoino (PT-SP) começa a ser definido às 14h de hoje, quando o parlamentar passará por avaliação de uma junta de médicos da Universidade de Brasília (UnB), segundo determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Os exames serão feitos no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), no Hospital das Forças Armadas (HFA), e o resultado vai balizar a decisão do ministro. Há duas opções: conceder a prisão domiciliar ao deputado, licenciado do cargo por motivos de saúde, ou ordenar que ele volte a cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda. O ex-presidente do PT foi condenado pelo STF no caso do mensalão a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, por formação de quadrilha e corrupção ativa.
No fim da tarde dessa sexta-feira, o senador José Sarney (PMDB-AP) visitou Genoino para "cumprir os deveres de amizade", conforme afirmou ao sair do ICDF."Pareceu-me que estava bem, mas ainda muito abatido", disse Sarney.
Boletim médico divulgado no início da tarde de ontem pelo ICDF descartou que Genoino tenha sofrido um infarto agudo do miocárdio. Assinado pela diretora médica e o superintendente do instituto, o documento ressalta, no entanto, que foi diagnosticada "elevação nos níveis pressóricos (pressão arterial)", o que poderia "comprometer o resultado da cirurgia de correção de dissecção da aorta", à qual o deputado foi submetido em julho. Os exames laboratoriais e de imagem apontaram ainda "alteração de coagulação secundária ao uso de anticoagulante, o que aumenta o risco de sangramentos". O boletim afirma ainda que Genoino tem um histórico clínico de hipertensão arterial sistêmica, encontra-se estável, mas deverá permanecer internado até o controle da pressão arterial e dos parâmetros de coagulação.