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Pizzolato avalia se pede novo julgamento na ItáliaPolícia italiana confirma que Pizzolato entrou no paísBrasil insiste mas Itália resiste a busca por PizzolatoPolícia investiga movimentação secreta de Henrique Pizzolato em banco no exteriorPizzolato pode estar na Espanha e tem apoio de 'grupo muito forte', diz deputadaQuatro condenados pedem transferência da PapudaCarvalho atuou no Supremo por benefício para GenoinoAs investigações contra Pizzolato serão abertas em duas situações: se o governo brasileiro pedir extradição ou se a Interpol o capturar. O nome do ex-diretor do Banco do Brasil foi incluído na lista da polícia internacional na segunda-feira. O especialista em direito internacional e professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Roberto Pelegrino explica que o fato de ele estar entre os procurados da Interpol não significa que a polícia vai sair em busca dele. “Não precisa procurar porque sabe onde ele está. Ele tem uma ficha e, estando na Itália, não pode ser extraditado. Ele é um cidadão livre”, enfatiza.
Em nota ao Estado de Minas, a Interpol reitera que não conduz investigações. Afirma ainda que muitos dos seus membros consideram o alerta vermelho um requisito válido para prisões temporárias, especialmente quando estão ligados por acordos de extradição. “Nesses casos, quando as prisões são feitas com base no alerta vermelho, costumam ser feitas pela polícia local”, justifica. Pelegrino, entretanto, destaca que o Brasil e a Itália não possuem este tipo de acordo. “Mas isso não impede que ele seja extraditado, com aval da Itália”, pontua o professor.
De acordo com Pelegrino, a situação de Pizzolato é a mesma de Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, condenado a 13 anos de prisão em 1999, por gestão fraudulenta. Ele foi preso, mas recebeu um habeas corpus e fugiu para a Itália. O Brasil pediu a extradição de Cacciola, que foi negada. O governo italiano alegou que não extraditava nacionais italianos. O caso é semelhante ao de Pizzolato, que tem dupla nacionalidade. O ex-dono do Banco Marka só foi detido em 2008, quando estava passando uns dias em Mônaco. (Colaboraram Julia Chaib e Étore Medeiros)
Fogo amigo
O ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra defendeu a prisão dos petistas condenados no processo do mensalão e disse que não crê que o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) tenha sido político. “Funcionou o que deveria funcionar. O STF julgou e a Justiça determinou a prisão, então, cumpra-se a lei”, analisou Dutra. Um dos fundadores do PT e ministro das Cidades no primeiro governo Lula, Dutra classificou o desfecho da Ação Penal 470 como uma resposta aos processos de corrupção que, historicamente, “permeiam a política nacional”. Dutra disse que respeita a história política dos petistas José Dirceu e José Genoino, mas ressalvou que o passado de combate à ditadura militar não abona condutas ilícitas.