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Prestes a completar uma semana de prisão em Brasília, os petistas condenados no processo do mensalão estão se adaptando bem à rotina do Complexo Penitenciário da Papuda. Eles começaram a usar as roupas e os chinelos brancos, padrão no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), que tem capacidade para 793 detentos de regime semiaberto, mas abriga cerca de 1,5 mil. A superlotação, entretanto, não incomoda José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil) e Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT). Apesar de dividirem uma cela com Romeu Queiroz (ex-deputado do PTB) e Jacinto Lamas (ex-tesoureiro do PL, hoje PR), o espaço é uma espécie de antessala da ala especial da unidade.
O setor onde o grupo está fica logo na entrada do CIR, à direita da portaria, onde há um detector de metais. No corredor, há uma cantina e cômodos multiúso, que servem para audiências de presos com advogados e outras necessidades do presídio. O espaço dos mensaleiros tem rádio, tevê, chuveiro não elétrico e ventilador. A ventilação natural entra por uma janela basculante de cimento, que não fecha. As camas são de cimento acopladas à parede. Em cima de cada uma, colchões finos. O banheiro da cela tem vaso, uma raridade no presídio. Apesar de mais bem equipada que a média da cadeia, a cela é menos estruturada que as da ala especial.
Essa ala especial, que fica mais adiante no corredor dos mensaleiros, é destinada apenas a policiais e presos sem condenação definitiva que têm diploma de nível superior. As celas do local exibem condições melhores. São mais amplas, contam com cortinas e até com uma minicozinha. Já os mensaleiros estão se alimentando da comida — chamada de xepa entre os detentos — servida aos demais presos. Entre os agentes penitenciários, o comentário é que o quarteto se comporta bem, adotando procedimentos comuns na prisão, como andar de mãos para trás, além de ser educados ao se dirigir aos funcionários da cadeia.