O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta segunda-feira, 25, que, ao contrário de notícias que têm sido veiculadas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apoiando a sua candidatura ao governo do Estado de Minas Gerais, pelo PT. "Eu estive com presidente Lula há pouquíssimo tempo e ele não manifestou a contrariedade que as notas da imprensa disseram. Pelo contrário, manifestou interesse muito grande e um apoio muito explícito a uma possível candidatura", justificou Pimentel. "E estou falando possível porque candidatura, mesmo, só depois de junho do ano que vem. Antes disso, é tudo hipótese, e hipótese que a gente tem de trabalhar com muito cuidado para não tomar multa da Justiça eleitoral", justificou.
Apesar da negativa de Pimentel em relação à resistência de Lula ao seu nome, as discussões tomaram corpo por causa do empenho do ex-presidente em patrocinar a filiação ao PMDB do filho do ex-vice-presidente José Alencar (1931/2011), o empresário Josué Alencar Gomes da Silva. No PMDB, as informações são de que Lula tem feito esforços para viabilizar a candidatura de Josué ao governo de Minas em 2014, contrariando a mobilização da maioria do PT mineiro.
Pimentel, que é um dos ministros bem próximos à presidente, tem a clara preferência de Dilma ao seu nome na disputa para o governo de Minas Gerais. Parte de uma ala do PMDB, no entanto, ensaia lançar a candidatura do senador Clésio Andrade ao governo estadual.
Mensalão
O ministro Fernando Pimentel disse que não visitou o deputado José Genoino, que está em prisão domiciliar, e nem os petistas José Dirceu e Delúbio Soares, que estão na Papuda, cumprindo pena por causa do processo do Mensalão, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu não fiz contato com o deputado Genoino depois da execução da sentença. Mas tenho notícias dele. Sei que está bem e que agora está em regime domiciliar. Visitá-lo ou não vai depender da instrução da sentença. Não sei se a sentença vai permitir esse tipo de visita. Vamos aguardar", comentou o ministro. Indagado se pretende visitar Dirceu, Pimentel respondeu: "na minha função de ministro, não cabe. Depois, como cidadão é outra história".