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Estado de Minas

Senado quer ouvir Cardozo sobre investigação de cartel

Senadores prometem para semana que vem votar requerimento para ouvir o ministro da Justiça sobre o caso do cartel envolvendo transporte de trens em São Paulo


postado em 27/11/2013 12:19 / atualizado em 27/11/2013 11:23

Brasília - Os senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) definiram nesta quarta-feira que  vão votar na semana que vem um requerimento de convite para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para esclarecer a participação dele no episódio que envolveu as investigações conduzidas pela Polícia Federal a respeito de denúncias de corrupção e formação de cartel no transporte de trens de São Paulo. Ontem, o PSDB acusou Cardozo de ter motivações políticas para tentar abafar as prisões do mensalão e pediu a demissão do titular da Justiça.

Inicialmente, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), tinha apresentado um requerimento de convocação do ministro. Pelo regimento, se fosse aprovado, Cardozo seria obrigado a comparecer em 30 dias. O tucano disse que há "muita controvérsia" sobre quem repassou um relatório, feito por ex-executivo da Siemens e revelado pelo Estado, que informava a existência de um esquema de caixa 2 do PSDB e do DEM.

Após muita divergência, Cardozo admitiu que havia remetido o documento para a Polícia Federal. Segundo Aloysio Nunes Ferreira, teria havido acréscimos em versões do relatório que circularam com o objetivo de implicar políticos. "Queria saber quem enxertou, se existem averiguações do Ministério da Justiça sobre quem enxertou", questionou o tucano, ao ressaltar que seria "conveniente" a vinda do ministro.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), sugeriu a modificação do requerimento de convocação para convite do ministro. Ele argumentou que Cardozo já se mostrou disposto a comparecer ao parlamento para esclarecer sua participação no episódio. Os senadores concordaram com a mudança que, do ponto de vista regimental, não obriga o ministro a comparecer.

Braga disse que nessa terça-feira Cardozo, em entrevista coletiva, fez um desmentido público de que não há autoridades com foro privilegiado sob investigação. O líder do PSDB foi um dos citados no relatório de que teria um "relacionamento estreito" com um dos envolvidos no esquema, o que ele nega.

Aloysio Nunes Ferreira concordou com a mudança. A comissão decidiu apreciar o requerimento na próxima semana, uma vez que, pelo entendimento do colegiado, qualquer matéria não pode ser lida e votada na mesma sessão. Aloysio apresentou o requerimento ontem, que foi lido nesta quarta-feira.


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