O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reiterou nesta quarta-feira que a decisão sobre a aposentadoria do deputado José Genoino (PT-SP) não sofrerá qualquer influência da análise médica feita pelo Hospital Universitário de Brasília, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF). Os médicos descartaram a gravidade do estado de saúde do parlamentar.
“O laudo que saiu ontem [26] foi no tocante à prisão dele. O nosso é para efeito de torná-lo inválido para o exercício da profissão. São dois focos diferentes e o nosso tem mais profundidade e tem mais gravidade”, destacou o presidente da Câmara. “Vamos aguardar a manifestação que dirá o resultado, o procedimento e as razões. É decisão grave considerar uma pessoa inválida. Tem que ter muita responsabilidade”, completou.
Genoino está preso desde o dia 15 de novembro, quando foi condenado pelo STF no caso mensalão. O ex-presidente do PT passou mal e foi internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal com suspeita de infarto. O parlamentar cumpre agora prisão domiciliar e aguarda o resultado do pedido de aposentadoria por invalidez.
Na Câmara, a Mesa Diretora mantém os passos regimentais para instaurar o processo de cassação do parlamentar, independentemente do pedido de aposentadoria. O PT pediu vista do processo que pode suspender o mandato de Genoino, obrigando a Casa a aguardar o período de duas sessões para retomar o procedimento.
A primeira sessão ocorreu ontem (26), e o prazo será cumprido se hoje os deputados mantiverem a sessão ordinária deliberativa, mas há o temor de que não ocorra votação, o que pode adiar a decisão sobre a cassação para a próxima semana.