A junta médica da Câmara que avaliou o deputado José Genoino (PT) deu parecer contrário ao pedido de aposentadoria por invalidez pedido pelo parlamentar. O diretor do Departamento Médico da Câmara, Jezreel Avelino da Silva, disse que Genoino não é portador de cardiopatia grave. “Não existe no momento invalidez definitiva, mas circunstância de ter riscos na atividade laboral”, disse o médico cardiologista Luciano Janussi Vacanti, integrante da junta médica que analisou o parlamentar. Genoino foi condenado à prisão em regime semiaberto na ação penal do mensalão.
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Câmara adia votação sobre cassação de GenoinoPresidente da Câmara reitera que laudo não influenciará aposentadoria de GenoinoPT tenta nova manobra para livrar GenoinoCâmara não usará laudo da UnB sobre Genoino, diz AlvesPresidente do PT pede cuidados especiais para GenoinoDefesa de Genoino fica indignada com laudo da CâmaraGenoino desiste de pedido de transferência para São PauloAposentadoria seria honrosa para Genoino, diz vice-presidente da CâmaraSegundo Vacanti, houve uma piora do quadro de Genoino desde a análise pela perícia da Câmara em setembro por causa das tensões dos últimos dias que fizeram aumentar a pressão.
Os médicos concederam entrevista coletiva para apresentar o laudo dos exames realizados no parlamentar. Eles afirmaram que o paciente poderá ter o seu estado de saúde alterado para melhor ou pior em dois anos.
Doença
No dia 24 de julho, Genoino foi diagnosticado com uma dissecção da aorta (quando uma ou mais das três camadas da artéria se rompem forçando uma hemorragia interna) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
No hospital, ele sofreu uma isquemia cerebral leve - obstrução da circulação sanguínea no cérebro – e teve alta em 19 de agosto. Genoino está de licença médica da Câmara até 19 de setembro.
Laudo da UnB
Nessa terça-feira, um laudo de cinco cardiologistas da Universidade de Brasília (UnB), a pedido do Supremo Tribunal Federal, afirmou que a cardiopatia do deputado "não se caracteriza como grave", mas recomenda que os medicamentos sejam "rigorosamente mantidos enquanto perdurar o tratamento anticoagulante".
Com Agência Câmara