Jornal Estado de Minas

Deputados devem ganhar mais prazo para apresentar emendas ao Orçamento de 2014

Presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, negocia prazo para deputados apresentarem emendas ao Orçamento de 2014

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, vai se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para definir o prazo para apresentação de emendas individuais (de deputados e senadores) ao projeto do Orçamento de 2014. Alves reuniu-se com parlamentares da Comissão de Orçamento para pedir o cumprimento do acordo fechado  nessa quarta-feira. O prazo para apresentação das emendas individuais acabaria nesta quinta-feira, mas ontem foi esticado para o dia 4 de dezembro, por definição do presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Lobão Filho (PMDB-MA).
O relator do projeto, senador Walter Pinheiro (PT-BA), pediu que o prazo do dia 28 fosse mantido para garantir que a proposta orçamentária seja votada até o dia 22. Como proposta alternativa, Alves propôs que o prazo final seja na  próxima terça-feira (3), ao participar da reunião da Comissão de Orçamento na manhã desta quinta-feira hoje.

Fatiamento

Para fechar a data, Alves vai se reunir com o presidente da comissão, o relator e o presidente do Senado. Segundo Alves, o fatiamento da PEC do Orçamento Impositivo (PEC 353/13) alterou os acordos em torno da votação da proposta orçamentária. “Com a dúvida se vai ter orçamento impositivo ou não, muda a orientação das emendas ao Orçamento”, destacou.

Na visão dele, os deputados precisam de mais prazo para se adaptar à decisão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, ontem, de desmembrar a PEC do Orçamento Impositivo. A CCJ aprovou um requerimento, do DEM, que divide a proposta em dois textos: o primeiro torna obrigatória a execução das emendas parlamentares ao Orçamento; já o segundo fixa um percentual mínimo da receita da União a ser aplicado em saúde.

Prazos

O presidente da Câmara ressaltou ainda que a aprovação desse requerimento também prejudicou acordo entre os líderes partidários para se quebrar os prazos regimentais e votar a PEC do Orçamento Impositivo diretamente no Plenário ainda este ano. “A decisão da CCJ criou um profundo impasse e inseguraça na Câmara”, salientou.

Pelo Regimento Interno da Casa, as PECs só podem ser votadas após um prazo de 10 sessões para apresentação de emendas, e mais 40 sessões para análise do parecer em comissão especial. O acordo permitiria a quebra desses limites. (Com Agência Câmara)