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“Todos os nossos contratos de consultoria são absolutamente legais. Serviços foram prestados e pagos em função desses serviços. Contratamos consultorias reconhecidas. A Alstom não paga propina. A Alstom não contrata lobista”, disse Costa aos vereadores da CPI.
“Os consultores prestaram serviços e não temos identificado nenhuma irregularidade. Existem investigações em curso. Os jornais fazem acusações, e em todas as investigações para as quais a Alstom é chamada estamos cooperando com todos os órgãos”.
O vereador Milton Leite (DEM), um dos membros da comissão parlamentar, disse que a Alstom é uma “organização criminosa” e questionou Costa em relação ao histórico da empresa francesa. Segundo o parlamentar, a multinacional francesa foi processada em vários países por pagamento de propina. Ele afirmou que o Banco Mundial, inclusive, impediu a empresa de participar de alguns projetos por “desvio de conduta” de alguns de seus funcionários.
O presidente da Alstom foi intimidado a depor na CPI outras duas vezes. Na primeira, o executivo conseguiu uma liminar na Justiça que o desobrigava a prestar esclarecimentos aos vereadores da comissão. Em novembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou a ação depois de acolher um recurso feito pelo presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT). Depois disso, a comissão voltou a convocar Costa a depor. O presidente da Alstom compareceu à Câmara, mas na hora alegou mal-estar e teve que deixar a Casa sem responder aos questionamentos da mesa do colegiado.
A CPI dos Transportes foi instalada em julho na Câmara após a onda de protestos pela redução das tarifas do transporte público. Só depois ela passou a investigar as denúncias de cartel.