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Alianças estaduais do PSB vão ficar em segundo planoPSB lança base de programa e fala em reduzir 'máquina'Programa do PSB-Rede defende melhora da democraciaPSB prepara anúncio de Marina como vice de CamposMarina reforça que Campos deve ser o candidato do PSBAliança PSB-Rede foi o fato político do ano, diz CamposUnião de PSB e Rede tem divergências e dificuldades para montar palanquesNesta quinta-feira, ao ser questionada sobre a situação paulista a ex-ministra do Meio Ambiente defendeu o lançamento de um nome próprio no Estado. “Nós, da Rede, estamos trabalhando para ter candidatura própria”, afirmou Marina. Ela disse, no entanto, que não há nada acertado, e que a discussão está no início. “Nós estamos apenas no começo, ainda haverá muitas surpresas pela frente.”
Campos, por sua vez, defendeu que é hora de pensar na candidatura nacional, mas deixou claro que não fará interferências nas discussões que já tinham sido iniciadas nos diretórios estaduais. “O debate regional vai vir depois do nacional. Isso está muito claro para nós. Agora, nós não vamos atropelar direção regional nenhuma. Vamos respeitar o diálogo e o debate dentro do partido em cada Estado”, afirmou.
Apesar da resistência de Marina, a articulação entre PSDB e PSB é considerada pelos tucanos como “irrevogável”. O governador Geraldo Alckmin tem pressionado para que o partido antecipe o anúncio do apoio à sua reeleição. Campos teria dado sinal verde para a aliança, que inclui a indicação do deputado Márcio França (PSB-SP) como vice da chapa.
A expectativa no Palácio dos Bandeirantes é de que o governador de Pernambuco aproveite uma visita ao Estado na próxima segunda-feira para deixar claro que apoia a dobradinha. A pressão da Rede, contudo, pode adiar esse movimento. “A análise dos Estados será feita sem pressa. Essas definições serão submetidas ao diretório nacional e só devem sair depois do carnaval”, pondera Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB.
Mudança
Durante a apresentação do primeiro documento fruto da aliança entre o PSB e a Rede, Marina voltou a afirmar que quando decidiu entrar para a legenda, em outubro, sabia que Campos preparava a sua candidatura à Presidência e que a parceria tinha como objetivo ajudá-lo nesse projeto.
Os dois aliados repetiram ainda o mantra de que irão manter as conquistas econômicas e sociais alcançadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Campos, no entanto, apostou no discurso de “mudança” e, ao criticar a polarização entre PT e PSDB, colocou o seu nome como uma opção de terceira via.
“Esses dois pilares foram importantes, mas eles hoje são insuficientes para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro. É preciso ir adiante. E é exatamente para saber como ir adiante que nós estamos aqui lançando este documento.”
O tom adotado pelo pernambucano é muito parecido com o de Lula, em 2002. Na época, o petista também se colocava como uma opção de “mudança segura”, ao garantir que os avanços na economia não seriam perdidos. Campos, que fez parte dos governos petistas até setembro, pretende ainda lançar um documento no qual irá deixar claras suas intenções na condução do País caso venha a ser eleito, algo bastante parecido com a “Carta ao Povo Brasileiro” apresentada por Lula em 2002.