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Líder diz que PSDB não se intimida com CardozoAécio critica Cardozo por denúncias contra tucanosPadilha defende investigação conduzida por CardozoLíder do PSDB diz que 'muitas dúvidas' permanecemCardozo diz que não haveria razão para blindar o Cade'Não posso ser engavetador de denúncias', diz CardozoAníbal reassume mandato na Câmara para participar de audiência com CardozoNa semana passada, o líder tucano na Casa, Aloysio Nunes Ferreira, disse que havia "muita controvérsia" sobre quem repassou à PF um relatório, feito por um ex-executivo da Siemens e revelado pelo Estado, que informava a existência de um esquema de caixa 2 do PSDB e do DEM. O líder tucano seria um dos políticos citados no documento como supostamente próximos ao dono da empresa que teria pago propina a agentes públicos - o que ele nega.
Após muita divergência, Cardozo admitiu que havia remetido o documento para a Polícia Federal. Segundo Aloysio Nunes Ferreira teria havido acréscimos em versões do relatório que circularam com o objetivo de implicar políticos. "Queria saber quem enxertou, se existem averiguações do Ministério da Justiça sobre quem enxertou", questionou o tucano, ao defender a convocação do ministro na CCJ. Nessa hipótese, se fosse aprovado, pelo regimento, Cardozo seria obrigado a comparecer em 30 dias.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), sugeriu a conversão do requerimento de convocação para convite. Ele argumentou que Cardozo estava disposto a comparecer ao Parlamento. Os senadores concordaram com a mudança que, do ponto de vista regimental, não obriga o ministro a comparecer. O pedido seria votado nesta terça-feira, mas com a ida voluntária do ministro à CCJ ele perde o objeto.
Aloysio Nunes disse nesta quarta-feira ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que já tinha sido informado por integrantes da base do comparecimento do ministro à comissão. Questionado sobre qual será a estratégia que vai adotar, ele não quis adiantar. Disse apenas que estava trabalhando nela com assessores. "Quero que essas coisas sejam esclarecidas e que a investigação prossiga sem contaminação política"", ressaltou.