Em reunião com os presidentes eleitos do PT no último Processo de Eleições Diretas (PED) do partido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu paciência e cuidado nas negociações eleitorais dos Estados para não prejudicar a prioridade dos petistas: a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.
Um dos casos críticos para a aliança entre PT e PMDB está focado no Rio de Janeiro, onde os dois partidos pretendem lançar candidatos próprios. Para evitar um desconforto durante reunião nacional entre os dois partidos, que aconteceu neste final de semana, Lula pediu que os petistas adiassem o desembarque do governo de Sérgio Cabral (PMDB). No evento desta segunda-feira, 02, não houve conversa sobre a saída do PT do governo do Rio de Janeiro e a expectativa é de que haja uma reunião entre os dirigentes do partido no Estado e o ex-presidente até o dia 12 para definir a situação local. Até lá, e mesmo depois do desembarque, vale a máxima de manter boas relações com o partido aliado em prol da candidatura de Dilma.
"A recomendação é de que não haja agressões que quebrem pontes", contou o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá. "Mesmo havendo uma saída não há política de agressão", completou o dirigente estadual do partido. Ele reiterou que a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Rio pelo PT "está mais do que posta" e o partido espera apenas uma conversa com Lula para determinar a saída do governo Cabral.
Durante o encontro da tarde desta segunda-feira, que aconteceu em um hotel na zona sul da cidade, Lula fez um balanço nacional sobre a situação do partido e pediu prudência. A reunião, de acordo com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fará parte de uma série de encontros periódicos, que deverão ser mais frequentes.
Houve ainda um relato de como foi a reunião com o PMDB. "O apoio nacional é importante, mas esse apoio tem que se materializar nos Estados", apontou Rui Falcão. A discussão com o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, foi sobre o apoio à candidatura em nível nacional. "Não é que eles têm que apoiar os nossos candidatos nos Estados, é que eles precisam apoiar a Dilma nos Estados", disse Rui, enfatizando que o apoio à reeleição de Dilma também se trata de apoiar o próprio PMDB, na figura de Michel Temer