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José Genoino renuncia ao cargo de deputado para evitar cassaçãoCâmara decide hoje sobre cassação do mandato de GenoinoPT tentará impedir abertura de processo contra GenoinoRenúncia de Genoino é 'página virada', diz presidente da CâmaraGenoino renuncia, insiste em inocência e aguarda aposentadoria por invalidez Procurador-geral pede cassação de Cunha e ValdemarRenúncia foi gesto 'grande', diz irmão de GenoinoEm carta de renúncia, Genoino diz que é inocente e critica 'espetáculo midiático'"Foi combinado desde ontem à noite. Hoje eu recebi a notícia, conversei com o deputado Genoino e ele me informou que não queria passar pelo constrangimento de uma Comissão de Ética. O único pleito que o deputado Genoino queria era não ter inscrito no seu currículo deputado cassado", disse Vargas após a reunião. "Tratava-se de uma situação absolutamente de concluir os seus 25 anos aqui como um homem honrado, que não quebrou o decoro parlamentar", concluiu. O petista também não poupou críticas ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o considerou como um "militante" pela abertura do processo contra Genoino.
"Não faço julgamento de nenhum (dos demais integrantes da Mesa), só do presidente que poderia de ofício ter aguardado. Lamento muito que o presidente tenha essa postura. Na verdade, ele militou por essa causa", disparou Vargas, que no início da reunião pediu o adiamento do processo até que terminasse o prazo de licença médica de Genoino.
Condenado no processo do mensalão a seis anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto, o petista apresentou licença médica em julho após ser submetido a cirurgia cardíaca. Desde então estava afastado das atividades na Câmara. "Henrique Eduardo Alves poderia de ofício ter acolhido esse pedido de efeito suspensivo já que o parlamentar está afastado. Não tem os seus direitos políticos mais, está temporariamente invalido e não pode se defender. Ao instaurar o processo, a Mesa estaria instaurando o processo de alguém que não pode se defender mais", afirmou Vargas.