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Cardozo diz que não haveria razão para blindar o Cade'Não posso ser engavetador de denúncias', diz CardozoCardozo admite desconhecer paradeiro de PizzolatoCardozo diz que está tranquilo após pedido de comissãoNo entanto, o principal embate foi protagonizado pelo secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal (PSDB), que se licenciou do cargo por dois dias justamente retomar o posto de deputado federal e participar da audiência. Ele disse a Cardozo que ele tem agido de forma não democrática e declarou ter "nojo" da forma como a denúncia foi vazada. Pediu também que o ministro parasse de ameaçar processá-lo por injúria. Na semana passada, o ministro disse que abriria uma ação contra Aníbal. "Não fiz ameaças. O ministro que aceitar passivamente ser chamado de bandido, vigarista, não vale o cargo. Um ministro não pode ser chamado de quadrilheiro. Fiz não para ameaçar, tolher sua liberdade de expressão, fiz porque não posso permitir que o ministro da Justiça seja injuriado", declarou Cardozo.
Aníbal sugeriu também que houve facilitação no vazamento de informações para que elas coincidissem com a prisão dos dos condenados no julgamento do mensalão. "A Polícia Federal está analisando faz meses, e no quinto dia depois da prisão do mensalão, vaza para a imprensa." Cardozo rebateu sugerindo aos tucanos que peçam a quebra do sigilo da sinvestigações: "Não há outra alternativa. Assim, o teor dos depoimentos, das investigações, será colocado ao publico. Eu não posso eu requerer isso, mas vossas excelências podem. Eu me comprometo a vir aqui trazer os documentos (se o sigilo cair)", afirmou o ministro.
Na audiência, Cardozo e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, admitiram não saberem do paradeiro de Henrique Pizzolato. O ex-diretor do Banco do Brasil é um dos 25 condenados no processo do mensalão, mas está foragido desde o dia 15 de novembro. "Não temos a confirmação de onde ele está", destacou Daiello. Ele afirmou que a PF tem pistas do paradeiro de Pizzolato, mas ainda não podem divulgar. Cardozo disse, ainda que ainda não se sabe como o ex-diretor do BB fugiu.