A advogada Adriana Belli, defensora do prefeito cassado de Jaíba, Jymmy Diogo Silva (PCdoB), protocolou nessa quarta-feira na Corregedoria Geral de Justiça e Procuradoria Geral de Justiça, pedido de apuração e providência contra a juíza de Manga, Roberta Souza Alcântara, que mencionou em sua sentença depoimento de testemunha que a acusava de manter um 'esquema' de compra de decisões judiciais. ''Se há corruptor, tem que ser identificado o corrupto'', afirmou Adriana Belli ao justificar o pedido de apuração encaminhado ao Ministério Público.
Adriana Belli relata que há dois anos buscou informação até mesmo junto à Superintendência da PF em Minas e à delegacia de Montes Claros, que negaram a ''existência de qualquer dúvida quanto ao nosso comportamento''. A indignação da advogada fica ainda maior porque o mandado de segurança em favor do prefeito Jimmy Silva ''e contra ato do presidente da Câmara Municipal de Jaíba e do presidente da CPI, que tirou o chefe do Executivo do cargo'' foi negado pelo Tribunal de Justiça de Minas.
''É oportuno que se esclareça, a bem da verdade e, em respeito a este tribunal, que nos próprios autos referenciados pelo jornal, se encontra decisão do Eg. TJMG (sic) contrariando o entendimento por este escritório postulado, fato documentalmente comprovado que, por si só, já não autorizava a leviandade utilizada pela referida decisão em processo público'', escreveu a advogada em pedido de providência, encaminhado ontem ao Tribunal de Justiça.
Em cópia do contrato, assinado em setembro, com o prefeito cassado Jimmy, Adriana Belli fez constar entre as quatro cláusulas do documento uma que destaca a impossibilidade de garantia de resultado favorável ao cliente político. ''Por questão ética, não obstante o denodo com que procuraram os integrantes deste escritório assinalar todos os atos processuais que patrocinam, registram que não têm como garantir resultado judicial'', prevê a última cláusula do contrato.