Nas últimas quatro reuniões na Câmara Municipal de Belo Horizonte os vereadores da oposição, comandada pelo PT, travaram a pauta para prejudicar a votação de projetos do Executivo. Segundo o vice-líder do governo, vereador Sérgio Fernando (PV), a obstrução está atrasando a aprovação de propostas de interesse da população, como a que dá reajuste aos aposentados e pensionistas e a que amplia a oferta de terrenos destinados a casas populares.
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Vereadores de BH trocam de partido para disputar vaga na Assembleia ou no CongressoVereadores novatos na Câmara de BH requentam projetosNovo centro administrativo da prefeitura reacende polêmica entre vereadores de BHOutro projeto que o Executivo quer que passe no Legislativo nas próximas reuniões é o que cria a Operação Consorciada do Barreiro, que estabelece um aumento do adensamento populacional da região e permite a construção de prédios mais altos em uma área aproximada de 3,8 quilômetros quadrados no entorno da Estação BHBus da Avenida Afonso Vaz de Melo. Essa é uma das matérias que a oposição quer que seja mais discutida com a sociedade. ''A gente está travando a pauta para que os projetos sejam discutidos. Tem propostas que passam na Casa em todas as comissões no mesmo dia'', ressaltou o líder da bancada do PT, Pedro Patrus.
Andamento
Para Sérgio Fernando, as obstruções estão atrapalhando o andamento do Legislativo municipal. ''A oposição está obstruindo todos os trabalhos. Isso não é ruim para a prefeitura, mas para a cidade, porque tem muitos projetos importantes para os cidadãos de Belo Horizonte'', ressaltou o parlamentar.
Os vereadores de oposição e os governistas travaram uma batalha nas duas últimas reuniões. A oposição usou de todas as artimanhas do regimento para alongar a votação da Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). ''A base mostrou na terça-feira que tem força na Casa. Nós ficamos até as 20h30, horário que é previsto para o fim da reunião, de acordo com o regimento interno, para votar os projetos. A oposição achou que o quórum ia cair'', acrescentou Sérgio Fernando.