Em meio a polêmica e pressão contrária dos servidores públicos, os deputados estaduais aprovaram nessa quinta-feira, em segundo turno, a extinção do Fundo de Previdência do Estado (Funpemg) e a transferência do seu patrimônio de R$ 3,2 bilhões para o Fundo Financeiro (Funfip). Com isso, a partir da sanção do governador Antonio Anastasia (PSDB), que é autor do projeto, todo o funcionalismo passará a ter seus benefícios de aposentadoria vinculados ao Funfip. Paralelamente a isso, o Executivo está criando uma fonte para a Previdência complementar dos futuros servidores que quiserem ganhar mais do que o novo teto de R$ 4.159, que consta do próximo projeto da fila a ser votado pelos parlamentares.
Leia Mais
Proposta de fusão dos fundos de previdência é aprovado na Assembleia de MinasPrevidência volta à pauta do plenário da Assembleia de MinasExtinção do Fundo de Previdência é aprovada em 1º turno na Assembleia de MinasMudanças do regime de previdência dos servidores de MG começam a ser analisadas Base do governo na Assembleia agiliza nova previdênciaLíder do governo na Assembleia de Minas faz esforço para votar PrevidênciaFundo de previdência do funcionalismo público de Minas está pendente na ALMGSegundo o líder do governo, Bonifácio Mourão (PSDB), o que está havendo é a fusão dos fundos e não há prejuízo para o servidor. De acordo com o tucano, o Funpemg tem atualmente 66 mil servidores e os outros 350 mil já estão vinculados ao Funfip. “O Funpemg tem atualmente só 328 servidores aposentados, por isso somou R$ 3,256 bilhões. O governo está fazendo justiça com o maior número de servidores, que não têm um fundo garantidor”, alega.
A aprovação do projeto ocorreu depois de semanas de obstrução e com representantes de sindicatos de funcionários estaduais vaiando os parlamentares nas galerias do plenário. A oposição alega que o governo quer se apropriar dos R$ 700 milhões que deixará de enviar mensalmente ao fundo, mas os governistas afirmam que o Executivo continuará dando dinheiro à Previdência. O próximo projeto prioritário do governo é o que reduz o teto de aposentadoria do funcionalismo dos atuais R$ 25.323,51 para o do regime geral, de R$ 4.159. Isso apenas para os que ingressarem no funcionalismo a partir da publicação da lei.
Pela proposta, o servidor que tiver salário maior do que o teto, ou mesmo quem quiser ganhar mais na aposentadoria do que recebia na ativa, terá de contribuir com um fundo de Previdência Complementar, o Funprev. Para estes, o benefício passa a ser proporcional à contribuição. Com a mudança, o Estado espera economizar R$ 414 milhões de contribuição patronal em 12 anos.