O projeto de operação urbana consorciada Nova BH da Prefeitura de Belo Horizonte, que permite o adensamento em uma área de 25 quilômetros quadrados do município, não entrará na pauta de votação do Legislativo da capital até o fim da Conferência Municipal de Política Urbana prevista para o primeiro semestre do ano que vem. Esse foi o acordo fechado nessa quinta-feira entre o Executivo e a oposição, que, em troca, vai parar de obstruir os trabalhos na Casa.
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Orçamento tranca a pauta na Câmara de BHCâmara de BH aprova projeto que amplia negociação com precatóriosPBH faz acordo com oposição para aprovar cinco projetos na CâmaraLíder do governo na Câmara de BH dá bronca nos colegas por pauta travadaO acordo foi anunciado na tribuna por Pedro Patrus, que ainda mandou um recado à prefeitura: “Não obstruiremos a pauta, mas isso não significa que não vamos discutir projetos importantes para a cidade”. O líder do governo, vereador Preto (DEM), e Henrique Braga (PSDB), que também é da base do prefeito Marcio Lacerda (PSB), afagaram os petistas. “A gente sabe que a obstrução é cansativa, mas é um argumento regimental”, disse o tucano. “Quero agradecer e ressaltar o ato de grandeza dos vereadores do PT por terem entendido que o Nova BH só será votado depois da conferência da cidade”, acrescentou Preto.
Aprovação
Com a trégua, foram aprovados nessa quinta-feira 16 projetos em pauta, sendo quatro do Executivo. Entre as propostas da prefeitura aprovadas estão o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), o que estabelece o reajuste de 6,2% aos aposentados e pensionistas e o que amplia oferta de terrenos destinados a casas populares. Os dois últimos tiveram o aval dos petistas. “A bancada do PT votou com o Executivo porque o projeto é bom para a cidade”, disse o vereador Arnaldo Godoy (PT), que reclamou da fala do vice-líder de governo, Sérgio Fernando (PV), de que o PT estava atrasando a aprovação de propostas de interesse da população.