O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) questionou o resultado do laudo da junta médica que descarta a necessidade de prisão domiciliar. Jefferson, delator do mensalão, foi condenado a sete anos de prisão.
No laudo, os médicos concluíram que, "do ponto de vista oncológico", não é "imprescindível" a permanência do ex-deputado em casa ou em hospital. Jefferson fez uma cirurgia para tirar um tumor no pâncreas, em 2012. "Surpreendeu-me, porque o assunto pra mim estava encerrado. Quem leu entrevista recente minha à 'Folha' viu que eu já afirmara que eu não tinha mais a doença. Meus problemas de saúde hoje são decorrentes da cirurgia à qual me submeti para a retirada do tumor no ano passado", escreveu Jefferson em seu blog, nesta segunda-feira, 9.
Ao comentar o resultado, o advogado do ex-parlamentar, Marcos Pinheiros de Lemos, disse que ainda iria analisar o teor do documento, mas que esperava uma avaliação mais ampla de seu cliente. "Uma análise do ponto de vista oncológico é muito restrita. Tinha que ter uma visão médica", afirmou.
O laudo elaborado pelos médicos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) será usado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, para definir qual será o regime de prisão de Jefferson.