Em breve discurso, em torno de cinco minutos, a uma plateia de 80 mil pessoas, a presidente Dilma Rousseff fez rasgados elogios, nesta terça-feira - durante a cerimônia celebrada em homenagem ao líder sul-africano no Soccer City, Johanesburgo-, à luta contra o apartlheid do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. O estádio de futebol foi o cenário da abertura e da final da Copa do Mundo de 2010, e da última aparição pública de Mandela. “Nós, nação brasileira, que trazemos com orgulho o sangue africano em nossas veias, choramos e celebramos o exemplo desse grande líder que faz parte do panteão da humanidade”, afirmou a presidente.
De acordo com Dilma, Mandela inspirou a todos os povos, de todos os continentes.”Deixou (ele) lições, não só para seu querido continente africano, mas para todos aqueles que buscam a liberdade, a justiça e a paz no mundo”, considerou a presidente.
De acordo com ela, Mandela servirá para sempre de exemplo “pela histórica paciência com que suportou o cárcere e o sofrimento, pela lúcida firmeza e determinação que revelou em seu combate vitorioso, pelo profundo compromisso com a justiça e com a paz”. A presidente disse também que o líder sul-africano será lembrado “sobretudo por sua superioridade moral e ética. Ele soube fazer da busca da verdade e do perdão os pilares da reconciliação nacional e da construção da nova África do Sul".
No final de seu discurso, Dilma saudou o líder sul-africano, morto na última quinta-feira (5), com um “viva, Mandela, para sempre”. A presidente e outros cinco presidentes foram listado para discursar, entre eles o dos Estados Unidos, Barack Obama, e o da África do Sul, Jacob Zuma.
Dilma trouxe à África do Sul os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Fernando Collor. Todos viajaram em uma mesma aeronave do Rio de Janeiro a Johannesburgo, onde chegaram às 2 horas da madrugada desta terça-feira (horário local).