Leia Mais
Dilma destaca necessidade de levar em conta FPM na discussão da reforma tributáriaPrefeituras vivem arrocho para pagar contas e cobram parcela maior do FPMFPM deve ter perda de R$ 8 bi em 2013, diz Confederação Nacional dos MunicípiosAeroporto de Rio Grande do Norte pode ter nome do pai do presidente da CâmaraA PEC que Henrique Alves quer ver votada pela CCJ trata do aumento da parcela destinada ao FPM. Está apensada a ela um projeto que aumenta em 2% os repasses para o fundo, o que significaria uma transferência adicional de R$ 6,1 bilhões para os municípios, segundo estimativas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), com base em 2013. A entidade reclama que a política de desonerações de tributos empreendida pelo governo federal tem comprometido a parcela do dinheiro que vai para as prefeituras - parte do FPM é composto pela arrecadação com o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
Caso a CCJ vote pela admissibilidade da proposta, o presidente da Câmara prometeu que vai criar a comissão especial para discuti-la também nesta quarta. A partir daí, abre-se um prazo mínimo de 10 sessões para a apresentação de emendas; em seguida, ela já pode ir a Plenário.
A CNM realizou um protesto nesta terça na Câmara dos Deputados e seu presidente, Paulo Ziulkoski, afirmou que ações do Executivo e do Congresso Nacional tornaram as prefeituras "ingovernáveis". "Sei do drama de vocês", concordou Alves, para emendar que a situação dos municípios é "paupérrima". "O governo precisa saber da situação dos municípios".
Reajuste
Henrique Eduardo Alves também justificou aos prefeitos a demora na apreciação de outra pauta municipalista: a troca do fator de reajuste do piso nacional do magistério pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC). O presidente da Câmara afirmou que não tem como votar a matéria uma vez que a pauta da Casa está tem sido mantida trancada pelo Executivo por meio de urgências constitucionais.
Hoje, essa atualização é feita com base em um cálculo que envolve o número de alunos de primeira a quarta série, da área urbana, dividido pelo total da receita estimada pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Tal metodologia implica, de acordo com a CNM, num reajuste de 19,2% para o próximo ano, o que causará um impacto estimado de R$ 9,5 bilhões nos caixas municipais.