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Cursini foi condenado em 2009 a uma pena de 3 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação, no caso Banestado. Ele foi beneficiado com redução de pena em delação premiada. Revelou clientes e pagou indenização significativa, R$ 4 milhões ao todo, por decisões da Justiça Federal no Paraná e em São Paulo. Também fez pacto de colaboração na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal - anulada por ordem do Superior Tribunal de Justiça.
Transferências
No depoimento, prestado em 17 de outubro, Cursini declarou que Zaniboni informou seu escritório como sendo na Avenida Paulista, 402, 4.º andar, sede da CPTM. O doleiro afirmou que o cliente foi indicado pelo banco Credit Suisse e que depositava o dinheiro na conta Milmar, na Suíça.
No relatório, a PF anotou: “Marco Antonio Cursini declarou que as transferências totalizaram o valor de 464.720 dólares entre 28/10/1999 e 23/7/2001. Zaniboni entregava o dinheiro no referido endereço onde funcionava a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A partir de 07/2003, Zaniboni passou a precisar de recursos no Brasil, motivo pelo qual solicitou ao depoente (Cursini) a realização de operações de dólar cabo para internalizar valores no Brasil”.
O doleiro afirmou que, entre julho de 2003 e novembro de 2004, transferiu a quantia de US$ 181,1 mil entre contas na Suíça, e entregou a Zaniboni no Brasil, em dólares e reais, o valor correspondente em espécie.
Ao prestar depoimento, Cursini apresentou à PF planilha contendo todos os pagamentos que fez a Zaniboni entre 1999 e 2004.