Brasília – A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou ontem os 10 relatórios setoriais da proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2014. A aprovação abre caminho para que o Orçamento do próximo ano seja votado no colegiado até terça-feira de manhã, para que, à tarde ou à noite, seja apreciado no plenário do Congresso Nacional antes da sessão de análise de vetos que trancará a pauta, marcada para o dia 19.
No total, os pareceres destinaram R$ 5,8 bilhões à emendas de bancadas estaduais e R$ 8,7 bilhões a emendas individuais de deputados e senadores. A saúde é a área que mais vai receber recursos no ano que vem, R$ 105,4 bilhões. Metade do número de emendas individuais do Orçamento impositivo, como estabelecia o acordo do governo com o Congresso.
O Ministério do Turismo e as secretarias de Políticas para Mulheres (SPM), de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir) e de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República tiveram os maiores aumentos de receita.
A pasta do Turismo, cuja previsão de orçamento inicial era R$ 670 milhões, recebeu nos relatórios setoriais R$ 1,29 bilhão. Na SPM, o aumento ficou em 52%, passando de R$ 140,8 milhões para R$ 214 milhões. A Seppir teve crescimento de 47% das receitas. Inicialmente previstas em R$ 38,47 milhões, elas subiram para R$ 56,7 milhões. Já a SDH ficará com R$ 322 milhões, 40% a mais que os R$ 230 milhões previstos inicialmente pelo Executivo.
Com a aprovação dos relatórios setoriais, fruto de acordo entre os líderes partidários, a receita primária líquida da União passará para R$ 1,093 trilhão. A proposta original enviada pelo Executivo incluía receita primária líquida de R$ 1,08 trilhão e foi aumentada há um mês pela CMO.
De manhã, o presidente da comissão, senador Lobão Filho (PMDB-MA), chegou a anunciar uma nova reestimativa de acréscismo no Orçamento, mas o cálculo foi descartado logo depois. "Houve erro por parte do deputado (Miguel Corrêa, do PT de Minas Gerais, relator-geral da LOA) e do senador (Walter Pinheiro, do PT da Bahia, vice-líder do governo) e não há mais a figura de incremento", disse Lobão Filho.