A presidente Dilma Rousseff lembrou das manifestações que tomaram conta do país em junho passado em seu discurso durante a abertura do 5º Congresso do PT, em Brasília. Ela afirmou que o PT não é "um partido que deixa de escutar os movimentos sociais" e que seu governo não poderia deixar de escutar as ruas e as manifestações. Assim como o ex-presidente Lula, a Dilma elogiou seu partido e disse que o fato de integrar a legenda "faz a diferença". "Nós temos lado, posição, temos um sentido", disse, na noite desta quinta-feira, 12.
Ela citou também o segundo pacto, a sugestão de uma reforma política com o objetivo de "ampliar a participação popular, a cidadania e coibir a corrupção". "Poucos governos e poucos partidos fizeram tanto pela transparência e combateram a corrupção como o governo do PT." De acordo com a presidente, é preciso melhorar a representatividade política e essa reforma sugerida por ela, por meio de um plebiscito, é um clamor do PT.
"Temos que melhorar a representatividade política, assegurar que a governabilidade seja feita sem os ônus que hoje ela carrega. Mais ética, mais democracia, mais oportunidade de falar e ser ouvido", disse. O terceiro pacto, educação, foi abordado como um compromisso histórico do PT. A presidente enumerou feitos do governo petista na educação, como o Prouni, Pronatec, a expansão das universidades federais e o Programa Ciência Sem Fronteiras.
Ao citar o pacto pela saúde, a presidente destacou o programa Mais Médicos. "Faltavam médicos no Brasil, sim, e ousamos enfrentar o problema". Segundo ela, a população brasileira entendeu o significado do programa e que havia uma visão elitista. "Programa Mais Médicos tem o sentido básico, que é reforçar o Sistema Único de Saúde (SUS), quem paga somos nós (governo)"
O quinto pacto, mobilidade urbana, foi citado no discurso da presidente em uma referência ao Bilhete Único de São Paulo. "Estamos incentivando sistematicamente a implantação de modais e o Bilhete Único da forma como São Paulo está implantando", ressaltou.