O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), indicou nessa quinta-feira, em João Pessoa, que irá se desincompatibilizar do cargo em abril do próximo ano para disputar a Presidência da República. Em entrevista à Rádio Correio FM, Campos, numa referência à sua futura candidatura, disse que, a partir de abril, vai estar “na rua, sem função nenhuma, com o sentimento do povo”.
Ele reiterou ter recebido do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a garantia de não será candidato no lugar da presidente Dilma Rousseff, que vai disputar a reeleição. Campos destacou a lealdade ao ex-presidente. “O presidente Lula sabe que tenho coragem para perseguir os sonhos que não são os meus, são do Brasil que quer melhorar e todo mundo sabe que para melhorar tem que mudar”, disse. “E quando o povo bota na cabeça que vai mudar, faz a mudança.”
O governador de Pernambuco pregou a união do Nordeste e afirmou que a região precisa de “investimento pesado”. Ele criticou a lentidão de obras como a Transposição do Rio São Francisco e a queda no repasse do recursos do Fundo de Participação dos Municípios. “Os prefeitos estão todos quebrados, em todo canto, porque todo dia cai a receita dos municípios e Estados”, afirmou.
Na meta de conquistar o apoio da região - onde a presidente Dilma tem forte aprovação - o presidenciável fez questão de carregar no sotaque nordestino, utilizando inclusive expressões regionais. Ele mesmo se referiu ao seu “sotaque arrastado”.