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Documento do PT recomenda 'inibir aventureiros' nas eleições de 2014Dilma compara Lula a Madela; PT defende condenados do mensalãoEm abertura de Congresso do PT, Dilma cita pactos em resposta às manifestaçõesO vereador de Goiânia Carlos Soares, irmão de Delúbio, falou emocionado do sofrimento da família, disse que seu irmão foi condenado "sem provas" e concluiu que o "crime" imputado aos petistas se deve ao fato de o governo ter tirado "milhares de pessoas da pobreza" e ter transformado o Brasil em um "país para todos". Soares leu trecho de um poema escrito na prisão pelo ex-líder sul-africano Nelson Mandela e disse ter orgulho de Delúbio.
Para um auditório com metade das cadeiras ocupadas, o deputado João Paulo Cunha (SP), voltou a rebater as provas de sua condenação, atacou a divulgação do processo do mensalão pela imprensa, e disse que o Brasil vive "dias sombrios". "É inegável o uso que fazem da mídia contra nós", reclamou. Cunha ressaltou que, mesmo após as prisões dos petistas, a popularidade da presidente Dilma Rousseff vem subindo e que a melhor maneira de responder ao processo é reelegendo Dilma. Ele também criticou o tratamento diferenciado aos réus do processo do mensalão mineiro que terão o direito a julgamento em duas instâncias e foi desmembrado pela Justiça. "A quem recorrerão nossos companheiros?", perguntou. Segundo o deputado, "a história vai mostrar o que realmente aconteceu".
Durante o ato, os condenados eram chamados pelos militantes de "guerreiros do povo brasileiro". Um grupo de militantes exibiu mais uma vez faixa pedindo a anulação do "julgamento de exceção". Os petistas anunciaram a criação de um tumblr, uma espécie de blog na internet, chamado "Mil cartas para os companheiros", direcionado aos petistas que queiram enviar mensagens de solidariedade aos presos.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), irmão de Genoino, disse que sua família vem encontrado forças nos últimos dias no apoio da militância. "Estamos doídos, mas não estamos mortos", afirmou. Guimarães pediu para que os militantes "não abandonem" os presos e se mantenham unidos na adversidade. Ele negou compra de votos e refutou as acusações de desvios de recursos públicos e enriquecimento ilícito. "Se a ditadura militar não calou o PT, ninguém vai calar", emendou.
Na visão do líder do PT, as condenações "sem provas" foram tentativas de "interditar" o projeto partidário petista. "O PT enverga, mas não quebra", declarou.