O presidente nacional do PPS, o pernambucano e deputado federal Roberto Freire (SP), desembarca no Recife nesta segunda-feira para formalizar a parceria eleitoral da legenda com o PSB do governador Eduardo Campos. As duas lideranças se encontram no Recife Praia Hotel, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital, às 18h. A reunião é também o momento para aparar as arestas entre pós-comunistas e socialistas para evitar problemas em palanques estaduais. O PPS foi o segundo partido a formalizar o apoio à candidatura presidencial de Eduardo Campos no próximo ano.
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Campos comemora chegada do PPS à aliança PSB-RedeNome para vice de Campos não foi discutido, diz MarinaMarina reforça que Campos deve ser o candidato do PSBAliança PSB-Rede foi o fato político do ano, diz CamposDobradinha PSB e PPS faz lideranças adotarem discurso afinadoFreire anuncia apoio do PPS a Eduardo CamposO ato de formalização do PPS deve reunir diversas lideranças nacionais e a pequena bancada do PPS na Câmara. A escolha do PPS pela candidatura de Campos rompe um ciclo histórico na parceria de pós-socialistas com o PSDB. O partido de Freire apoio as candidaturas presidenciais dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. O senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, esperava o apoio do “velho aliado”, mas garante que todos estarão juntos num eventual segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT).
Roberto Freire vice
Nesse domingo, durante o seminário programático da Rede em Brasília, o governador Eduardo Campos preferiu evitar as especulações em torno da escolha do vice na chapa presidencial do PSB. O deputado Roberto Freire, além de Marina Silva, estão cotados. “Não existe essa história de que a Rede entra porque quer uma cadeira cativa. Vamos preservar as boas conquistas e mudar o que achamos inadequado. Por isso, cria um certo incômodo. As pessoas querem que estejamos sempre colocando a carroça na frente dos bois”, afirmou.
Campos também fez questão de assinalar que ele e Freire possuem estilos diferentes de fazer política, mas que não impede a união das legendas. O pós-comunista é um dos maiores críticos da gestão petista. “Temos que marcar uma partida de futebol. Acho que eu e ele (Freire) temos estilos diferentes. Minha forma de atuação se aproxima mais da leitura de Marina. Ele sempre militou assim. Eu respeito a forma que ele faz. O importante é que a gente está olhando para o futuro. Essa aliança deixa muita gente animada, mas deixa muita gente preocupada”, completou.