O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) assegurou que o afastamento do PSB do governo federal e o seu projeto nacional não irá afetar a relação "cordial, fraterna e institucional" com a presidente Dilma Rousseff, que cumpre agenda em Pernambuco, nesta terça-feira.
"Ela será tratada como sempre foi: com muita atenção", afirmou ele, ao descartar ambiente de tensão entre ele e a presidente, na sua primeira visita ao Estado depois da saída do PSB da base aliada do governo. "Eu e Renata (a primeira-dama) estaremos no aeroporto para recebê-la, como sempre fizemos, para tratá-la com o respeito que sempre tivemos", garantiu, ao frisar que o respeito é "tanto pela pessoa da presidente em quem votamos", assim como pela presidente de todos os brasileiros. "É próprio da nossa tradição".
Campos deu entrevista ao inaugurar uma fábrica de margarina da BRF no município metropolitano de Vitória de Santo Antão - investimento de R$ 150 milhões - ao lado do presidente do conselho administrativo da empresa, Abílio Diniz, e do membro do conselho de administração, o ex-ministro do Desenvolvimento Econômico no governo do ex-presidente Lula, Luiz Fernando Furlan.
Indagado se terá um encontro privado com Dilma Rousseff, ele afirmou que a agenda ainda está sendo ultimada, mas considerou "natural" que possam conversar um pouco. Segundo ele, há a expectativa de que a presidente possa anunciar obras de mobilidade no Recife e na região metropolitana. Entre elas o Arco Metropolitano - que vai ligar a fábrica da Fiat, no município de Goiana, ao complexo de Suape - e um projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, no Recife.
Sobre a última avaliação do Ibope que coloca o seu governo como segundo mais aprovado no País, Campos afirmou que as pesquisas têm sido muito positivas. "Têm nos animado bastante".