A presidente Dilma Rousseff afirmou que deve fazer a reforma ministerial em meados de janeiro, com fim antes do carnaval. Isso porque vários ministros da equipe pretendem se candidatar nas eleições de outubro de 2014 devem deixar o governo e ser substituídos. Em um café da manhã com jornalistas, nesta manhã de quarta-feira (18/12), a presidente tratou diversos assuntos, como espionagem, eleições, concessão, entre outros.
Dilma disse que a reforma, no entanto, não deve afetar o ministério da Fazenda, comandado atualmente pelo ministro Guido Mantega. "Ele [Mantega] está perfeitamente no lugar onde está" e continuará no cargo. Nos últimos dias, o ministro Mantega foi alvo de críticas ao informar que o governo poderia adiar a obrigatoriedade de inclusão de airbag e freio ABS nos automóveis para evitar que os preços subissem. Dias depois, o governo voltou atrás e informou que os equipamentos serão obrigatórios nos automóveis produzidos no país a partir do próximo ano.
Questionada sobre o pedido de asilo político feito pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), Edward Snowden, a presidente afirmou que o governo não vai se manifestar. Ela também confirmou que nenhum documento foi encaminhado sobre o assunto para o Brasil. "Me dou completamente o direito de não me manifestar sobre o que não foi encaminhado", disse a presidente. "E mais do que isso, eu não interpreto cartas, não é minha missão". Nessa terça-feira, uma campanha na internet começou a recolher assinaturas em defesa da concessão de asilo a Snowden.
Sobre as eleições, Dilma disse que não falaria do assunto durante o café da manhã. "Ainda não chegou 2014, não está no momento eleitoral", destacou.
Infraestrutura
Sobre aeroportos de pequeno porte, a presidente disse aos jornalistas que vai licitar pátios, pistas e pequenos terminais. Segundo ela, esses aeroportos não têm rentabilidade para privatizações e são importantes para o país. Também destacou a concessão de ferrovias. De acordo com ela, o Tribunal de Contas da União (TCU), já deu “sinal verde” para que ocorra. “Fazer transporte por rodovia é um absurdo. É preciso que o país tenha um sistema forte de ferrovia", salientou.