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Gilmar Mendes critica interferência de STF sobre as doações de empresas nas campanhasSTF manda prender mais um condenado no processo do mensalãoDefesa apresenta ao STF dieta do delator do mensalãoVotos contra doação de empresa para campanhas eleitorais abrem placar no STFApós a reação negativa do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Calheiros classificou a ação do Judiciário como intromissão. "Só o Congresso pode fazer as leis. É importante que o Supremo saiba disso e o Tribunal Superior Eleitoral também", reforçou o senador, após solenidade de devolução simbólica do mandato do presidente deposto, João Goulart.
Nesta semana, o TSE colocou em pauta a discussão sobre a proibição de doação de recursos para as campanhas políticas em 2014 por empresas brasileiras que tenham empréstimo com bancos oficiais e que sejam controladas ou controladoras de negócios estrangeiros. A proposta, encampada pelo ministro Dias Toffoli, pode excluir as principais empreiteiras e grandes empresas do País do rol de doadoras nas próximas eleições e eliminar contribuições do agronegócio.
Na semana passada, o STF começou a julgar a ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que contesta a constitucionalidade da doação de dinheiro para campanhas eleitorais por empresas. Até o momento, quatro ministros - Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso - julgaram ser inconstitucional o financiamento de campanhas por pessoas jurídicas. Um pedido de vista do ministro Teori Zavascki adiou a discussão para o ano que vem.
Fux
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a Corte tem adotado uma nova forma de agir, deixando simplesmente de considerar leis inconstitucionais, forçando o Congresso a votar normas que se fazem ausentes, a exemplo da proibição de financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas, que está em exame pelos ministros do tribunal.
"Vivemos em um Estado democrático de Direito, em que a voz maior é a voz da casa do povo, que é o Congresso", disse Fux, depois de visitar o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), nesta quarta-feira, 18. Ele disse que o STF está examinando a constitucionalidade ou não da doação de empresas às campanhas políticas porque a Corte age quando provocada. A ação, neste caso, foi apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O julgamento do mérito só deverá terminar no ano que vem, mas boa parte dos ministros já votou pela proibição das doações de empresas.
Segundo Fux, quando examina a constitucionalidade das leis, o STF tem sugerido ao Congresso que faça um novo ordenamento jurídico, de forma a evitar que haja questionamentos no Judiciário. Ele foi à Câmara receber a medalha do Mérito Legislativo, pois não pôde comparecer à sessão que distribuiu a honraria.