Leia Mais
Subsecretário é citado em esquema de fraude do ISS em São PauloOposição pede CPI para fraude do ISS na Câmara de SPFraude do ISS faz prefeitura de SP notificar 400 prédiosA Trisul, segundo o MPE, manteve a versão dada por outras incorporadores sobre o esquema. Além dela, Brookfield, Alimonti e Tarjab disseram que os pagamentos eram uma espécie de “obrigação”: quem não pagava à quadrilha não conseguia a guia de quitação do ISS e, assim, o Habite-se. A Tecnisa, outra citada, afirmou que contratava um despachante para cuidar do ISS, mas não descartou os pagamentos. Só a BKO - última das empresas denunciadas por Magalhães - negou que pagou propina para a máfia.
“Os pagamentos eram feitos em dinheiro. Na época do Luis Alexandre, era no Café Vermont (localizado na Praça da República no centro) e, quando esse William assumiu a cobrança da propina eles eram obrigados a entregar as quantias na escada de incêndio do 11.º andar do Edifício Andraus (onde funcionava parte da Secretaria Municipal de Finanças)”, afirmou o promotor.
Delação
As confirmações reforçam as denúncias contra Ronilson Bezerra Rodrigues e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral, apontados como integrantes da quadrilha. Magalhães e Eduardo Horle Barcellos, que também faziam parte do esquema, fizeram delação premiada e podem ter eventuais penas reduzidas.
Além da acusação contra os fiscais, o Ministério Público pretende acusar de corrupção os empresários que pagavam propina. Mas as evidências de 410 crimes de sonegação - que vêm de uma planilha com a contabilidade do grupo, descoberta pelo MPE - vão ser agora investigadas pela Polícia Civil, que deve interrogar os suspeitos de ligação com o esquema e cruzar as informações com dados tributários fornecidos pela Prefeitura.