Aníbal chamou o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer - autor da denúncia sobre fraude e cobrança de propina - de "desqualificado" e "bandido". Sugeriu, ainda, que Rheinheimer foi instruído pelo PT. "Não vou descansar enquanto não puser esse desqualificado na cadeia", disse ele. "Ninguém consegue encontrar esse bandido. Só o PT".
O inquérito do caso Siemens está agora no Supremo Tribunal Federal. O jornal O Estado de S. Paulo revelou que, em depoimento sigiloso prestado à Justiça de São Paulo, o ex-diretor da Siemens citou Aníbal e outros secretários de Alckmin, como Edson Aparecido (PSDB), chefe da Casa Civil; Rodrigo Garcia (DEM), titular de Desenvolvimento Econômico, e os deputados Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Campos Machado (PTB) como destinatários da propina do cartel. Todos negam as acusações.
"Isso tudo saiu do território da política, da disputa entre PSDB e PT, e foi para o da delinquência", afirmou Aníbal. Cardozo preferiu não responder ao secretário. "Não vou discutir em nível tão baixo", disse o ministro. "Minha resposta será sempre promover processo criminal contra aqueles que me injuriarem."