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Estado de Minas

MP denuncia ex-prefeito de Pirapora por usar dinheiro da saúde para financiar campanha

Irregularidade foi cometida durante o ano de 2011. Político já responde por improbidade administrativa


postado em 25/12/2013 06:00 / atualizado em 25/12/2013 08:14

Recursos de mais de R$ 220 milhões destinados ao Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun) foram usados para financiar campanha política do então prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca Braga, durante o ano de 2011. A denúncia por improbidade foi feita pelo Ministério Público de Minas. Colecionador de pelo menos uma centena de processos por improbidade administrativa, o ex-prefeito tinha planos ambiciosos, como concorrer à Prefeitura de Montes Claros, assumir a presidência da Associação Mineira dos Municípios para, em seguida, disputar uma cadeira da Assembleia Legislativa. Com esse objetivo e para se promover na região do Norte de Minas, o político veiculou publicidade sobre o consórcio em revistas e jornais que sempre traziam sua foto ou entrevistas concedidas como presidente da entidade.

Apesar de o consórcio ter sido criado apenas para desenvolver a atenção básica de saúde ao cidadão, Warmillon, à frente da entidade, decidiu investir em ambulâncias para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). A partir daí, passou a se apresentar nos comerciais usando uniformes de servidores e anunciando que sua administração do consórcio estava atraindo a atenção de prefeitos das mais diferentes regiões do país, interessados em conhecer a experiência inédita do Norte de Minas. No entanto, os planos do político começaram a ruir a partir de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou ilegal as candidaturas de prefeitos “itinerantes”. Nos últimos 16 anos, o político administrou por 8 anos a cidade de Lagoas dos Patos e, pelo mesmo período, a de Pirapora.

Com decisão do STF, Warmillon passou a apostar mais fichas em sua candidatura a deputado estadual e já sonhava em assumir a cadeira como o mais votado do estado. Mas a prisão do político pôs fim definitivamente às pretensões do ex-prefeito. Ele foi preso em julho, durante operação da Polícia Federal e Ministério Público para pôr fim a mais um esquema de desvio de recursos públicos.


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