A presidente Dilma Rousseff (PT) visitará, nesta sexta-feira, as áreas atingidas pelas chuvas em Minas Gerais. A informação foi confirmada pela assessoria do Palácio do Planalto no começo da noite de hoje. A presidente deve fazer um sobrevoo na região de Governador Valadares que está entre as mais atingidas pelos temporais no Estado. Com a medida, a presidente adia o início do recesso de fim de ano. Ela embarcaria nessa tarde para a residência dos oficiais da Marinha, na base naval de Aratu, no litoral baiano, onde ficaria por dez dias. Esta será a nona viagem de Dilma a Minas neste ano.   A chuva em Minas já matou 18 pessoas, segundo levantamento da Coordenadoria de Defesa Social de Minas Gerais (Cedec). A maioria das mortes foi causada por deslizamentos de terra, como no caso de Sardoá, no Vale do Rio Doce, onde seis pessoas da mesma família morreram soterradas. O corpo da criança de sete anos, que estava desaparecido há sete dias, foi encontrado somente na última terça-feira. Em Governador Valadares - que receberá a visita da presidente -, duas crianças também perderam as vidas quando a casa em que estavam desabou. 

De acordo com o ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, durante visita a presidente vai oferecer ajuda ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB). "Estamos indo amanhã com a presidenta para poder oferecer ajuda que já foi oferecida por mim, enquanto ministro, ao governador do estado de Minas. Também queremos disponibilizar esta ajuda para o estado e já estamos envidando esforços para ajudar os municípios mais afetados", disse o ministro que acompanhará a presidente na viagem. Segundo Teixeira, o governo já se reuniu com a bancada federal do estado e com quatro prefeitos das principais cidades para definir a ajuda.

A visita de Dilma foi confirmada no mesmo dia em que o governador Antônio Anastasia (PSDB) visitou a Região do Vale do Rio Doce para avaliar os estragos. Em entrevista, ele afirmou ser imprescindível o apoio do governo federal para recuperar as cidades mais antigas. "Neste momento, o estado tem feito o primeiro socorro, mas será imprescindível o apoio federal para a fase mais onerosa, que é de reconstrução de casas que tenham desabado, a parte de estrutura viária e rodovias", declarou o governador.

Os estragos do período chuvoso também ocasionou a primeira visita de Dilma ao Espirito Santo, onde 27 pessoas perderam a vida. A presidente viajou para o estado onde fez um sobrevoo com o governador Renato Casagrande, sobre as regiões mais afetadas. Dilma e Casagrande se reuniram logo depois para ouvir agentes da Defesa Civil estadual, que estão atuando na busca e salvamento de vítimas. A presidente também anunciou a liberação de R$ 600 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ajudar o estado.

Com informações de Clarisse Souza e Agência Brasil