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Câmara de Montes Claros vota hoje proposta polêmica para cobrança do IPTUTucanos e aliados pré-candidatos reúnem mais de 100 prefeitos em Montes Claros Justiça revoga prisão preventiva de ex-prefeito de Montes ClarosPrefeitura de Montes Claros cria complemento de renda para beneficiários do Bolsa-FamíliaComo saída para evitar o desgaste perante à opinião publica, a bancada da situação apresentou uma emenda coletiva, para que houvesse o aumento do IPTU de 10% para todos os imóveis com construções (residenciais e comerciais), preservando os demais itens do projeto. Mas, a oposição não aceitou a emenda e voltou a obstruir a votação da proposta, que apelidou de “mini-reforma tributária”.
No último fim de semana, a administração municipal, numa articulação comandada pelo próprio prefeito Ruy Muniz e pelo secretário de Governo, o vereador licenciado Marcos Nem (PSD), fez um acordo com a oposição, pelo qual retirou o projeto apelidado de “mini-reforma tributária” e apresentou um outro, prevendo somente a atualização do valor venal dos “vazios urbanos” para efeito de cobrança do IPTU, a ampliação da isenção do tributo para pessoas carentes, idosos e portadores de deficiências e de doenças graves e a fixação de novos valores para a taxa de coleta de lixo. Também foi mantido item do projeto que estabelece a cobrança de ISSQN sobre serviços bancários cobrados por instituições financeiras na cidade, como taxa para formalização de cadastro, por exemplo.
A reunião extraordinária da Câmara Municipal realizada ontem, ao contrário de sessões anteriores, não teve polêmica. De acordo com o texto aprovado, foi aprovado por 14 votos favoráveis (da situação e da oposição) com três abstenções dos oposicionistas. Pelo projeto, os moradores vão pagar pela taxa de lixo R$ 101,82 (por duas coletas semanais) e R$ 203,64 (quatro coletas semanais). No Centro comercial, onde a coleta é diária, o valor da taxa será de R$ 407,28).
Em entrevista ao em.com.br, o prefeito Ruy Muniz reconheceu que a resistência dos vereadores oposicionistas e dos empresários do ramo imobiliário e a pressão popular fizeram com que o Executivo recuasse e modificasse o projeto. “A nossa intenção não era aumentar o valor do IPTU, mas aprovar outros ítens inseridos no projeto que podem gerar melhorias e mais receitas para a cidade como o estímulo aos donos dos vazios urbanos para lotear os terrenos e a cobrança do ISSQN sobre os serviços dos bancos”, argumentou Ruy Muniz. Já os vereadores da oposição comemoraram a “derrubada do aumento do IPTU” como uma “vitória do povo”.