A presidente Dilma Rousseff sobrevoou na manhã desta sexta-feira Governador Valadares, na Região do Vale do Rio Doce, um dos municípios mais prejudicados pela forte chuva que atinge Minas Gerais desde a semana passada. A presidente estava acompanhada do governador Antônio Anastasia (PSDB), do ministro da Saúde, Alexandre Padilha e o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. Antes de embarcar para visitar os locais afetados, Dilma conversou com Anastasia sobre os estragos na cidade e nos municípios de Mantena, Aimorés, Itueta e Resplendor.
Ao chegar a Governador Valadares, a presidente fez um sobrevoo e, depois, participou de reunião de coordenação, no aeroporto, para tratar de medidas emergenciais para o estado. Dilma viajou ontem para a Bahia, onde passa o fim de ano com a família na Base Naval de Aratu, próximo a Salvador. Ela interrompeu o recesso para visitar Minas Gerais, assim como fez com as áreas atingidas pela chuva no Espírito Santo, no início da semana.
Até o momento, a Defesa Civil reconheceu situação de emergência em 34 municípios mineiros, mas outros 47 também foram afetados. Até agora as chuvas já provocaram 18 mortes em áreas sem estrutura adequada de contenção, onde ocorreram alagamentos, inundações e deslizamentos de terra. No entanto, a 19ª morte pode ser confirmada. Equipes do Corpo de Bombeiros de Governador Valadares resgataram, na quinta-feira, o corpo de um homem que estava desaparecido na cidade de São João do Manteninha.
Segundo informações dos militares, Waldir Fernandes dos Santos, de 29 anos, foi levado pela correnteza e se afogou. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) ainda apura o caso para confirmar se o caso aconteceu em decorrência da chuva. Caso seja confirmada, esta será a 19ª morte registrada em Minas Gerais. Quase 10 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. De acordo com a Defesa Civil, 6.959 pessoas estão desalojadas e 2.460 desabrigadas. Mais de 7 mil casas foram danificadas e 116, destruídas. Além disso, pelo menos 229 obras de infraestrutura foram danificadas e 112, destruídas.
Com Cristiane Silva e Agência Brasil