A presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos uma lei que prevê a criação de 1.437 cargos no Ministério Público Federal (MPF) até 2020. O texto, que foi aprovado no início do mês pelo Senado numa votação relâmpago e simbólica, propõe 687 postos para integrantes do MPF, entre procuradores (660), procuradores regionais e subprocuradores-regionais da República (12), e outros 750 cargos em comissão no seu quadro funcional.
Não consta do texto sancionado por Dilma o impacto que a ocupação das vagas vai ter nos cofres públicos. Durante a tramitação da proposta no Congresso, a estimativa do impacto foi de cerca de R$ 22 milhões até 2015 com as novas vagas.
Na justificativa à proposta, enviada ao Congresso em 2011, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que os novos postos têm por objetivo aperfeiçoar a atuação judicial e extrajudicial da instituição.
"Pretende o Ministério Público Federal criar condições favoráveis para atuar ainda mais efetivamente na defesa da sociedade por meio do combate à criminalidade e à corrupção, da proteção do regime democrático e promoção dos direitos fundamentais", disse Gurgel.
A presidente também sancionou outra lei de interesse da instituição, que prevê a criação de 198 representações do MPF nos municípios. A proposta tem por objetivo garantir que a instituição acompanhe a expansão das varas federais na Justiça.