Jornal Estado de Minas

PSDB adere ao governo Campos em Pernambuco

Agência Estado
Três dias depois de divulgar uma nota oficial em seu site comunicando a decisão da legenda em aderir ao governo comandado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB/PE), o PSDB pernambucano foi oficializado por Campos como novo integrante do Executivo estadual. Os tucanos - que assumem os cargos antes pertencentes ao PTB, legenda que desembarcou da gestão socialista para disputar o comando do Estado, em 2014, junto ao PT, da presidente Dilma Rousseff - passam a ocupar a secretaria estadual de Relações do Trabalho e Emprego e o Detran/PE. O anúncio foi feito pelo próprio Eduardo, no meio da tarde desta quinta-feira, 2, durante coletiva em que apresentou os novos integrantes de sua gestão, em função do afastamento de quatro secretários que voltam ao Legislativo na busca pela renovação dos mandatos. O advogado e ex-superintendente do Sebrae-PE, Murilo Guerra é o nome do PSDB para a secretaria estadual de Relações do Trabalho e Emprego. Já Caio Mello, irá comandar o Detran/PE. Ambos os nomes foram escolhidos pelo presidente estadual do PSDB e principal liderança local da legenda, o deputado federal Sérgio Guerra. Com a chegada ao governo, os tucanos terão cerca de 120 cargos comissionados à disposição na estrutura estadual, entre primeiro e segundo escalão. A aliança local entre PSDB e PSB tem um objetivo central: atrapalhar a disputa da presidente Dilma pela reeleição, dando fôlego a campanha presidencial de Eduardo Campos em Pernambuco e a de Aécio Neves (PSDB/MG), em Minas Gerais. PSB e PSDB devem lançar candidato próprio à Presidência, mas têm articulado alianças estaduais para a disputa de 2014. No último mês de dezembro, Campos e Neves se encontraram no Rio de Janeiro para discutir o tema. Além de Pernambuco, os presidenciáveis avaliam a possibilidade de dividir palanques em São Paulo, Minas, Paraíba e Rio Grande do Sul. A aproximação de Campos com os tucanos, no entanto, não tem sido avaliada com bons olhos pela ex-ministra Marina Silva, que entrou no PSB em outubro após o registro do seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, ser negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Marina e seus aliados afirmam que a coligação PSB-Rede não deve fazer alianças nem com o PSDB nem com o PT. O ponto mais crítico dessa discussão é em relação à disputa em São Paulo. Enquanto a Rede defende lançar candidatura própria, o PSB trabalha para apoiar a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin.