Rio de Janeiro – O governo e a Polícia Federal (PF) do Espírito Santo manifestaram oficialmente, em juízo, interesse na utilização do helicóptero da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG). Em 24 de novembro, a aeronave foi interceptada por policiais federais em uma propriedade rural no município de Afonso Claúdio, a 90 quilômetros de Vitória, com um carregamento de 443 quilos de cocaína pura. Em despacho do juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, antes do recesso de fim de ano do Judiciário, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e o comando da Superintendência da PF daquele estado declararam que pretendem ficar com o helicóptero modelo Robinson 66, avaliado em R$ 3 milhões.
Na mesma decisão, o juiz Marcus Vinícius abriu prazo para que os proprietários da aeronave se manifestem sobre a aplicação da Lei 11.343, de 2006. Pela legislação, qualquer meio de transporte utilizado para o tráfico de drogas pode ser confiscado para uso do Estado, caso comprovado o interesse público e responsabilidade de conservação do bem. Adquirido por meio de leasing, o helicóptero está registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. A firma foi aberta pelo senador que, posteriormente, doou as cotas para três herdeiros, entre eles o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do ex-presidente do Cruzeiro.
Em decisão cautelar, o juiz federal já havia mantido o confisco do helicóptero e de outros bens apreendidos, entre eles um veículo. Na ocasião, o magistrado realçou que só o Poder Judiciário pode decidir o destino dos bens apreendidos. A medida, no entendimento do juiz, favorece o interesse público, uma vez que a aeronave e pode ser usada no combate ao narcotráfico, e o dos proprietários “havendo objetivo legal expresso de impedir-lhe a deterioração”, anotou.
RECURSO Em entrevista, o advogado do senador Perrella, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, declarou que a família vai até as últimas instâncias para reaver o bem apreendido. Segundo ele, uma petição nesse sentido já foi protocolada antes do recesso de fim de ano do Judiciário, e o documento aguarda parecer do Ministério Público Estadual (MPE) do Espírito Santo. “É natural que o helicóptero volte para a família. A polícia já disse que meu cliente não tem responsabilidade”, declarou Kakay.
Interrogado pela PF em Minas, por meio de carta precatória, Gustavo Perrella negou qualquer envolvimento com o carregamento. O deputado afirmou que foi enganado pelo piloto, seu ex-funcionário de confiança, que pediu autorização para ir a São Paulo fazer um frete de passageiros. Por mensagem de celular, o deputado autorizou o voo de passageiros. O senador Perrella, em entrevista, disse que foi traído pelo piloto.
Na mesma decisão, o juiz Marcus Vinícius abriu prazo para que os proprietários da aeronave se manifestem sobre a aplicação da Lei 11.343, de 2006. Pela legislação, qualquer meio de transporte utilizado para o tráfico de drogas pode ser confiscado para uso do Estado, caso comprovado o interesse público e responsabilidade de conservação do bem. Adquirido por meio de leasing, o helicóptero está registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda. A firma foi aberta pelo senador que, posteriormente, doou as cotas para três herdeiros, entre eles o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do ex-presidente do Cruzeiro.
Em decisão cautelar, o juiz federal já havia mantido o confisco do helicóptero e de outros bens apreendidos, entre eles um veículo. Na ocasião, o magistrado realçou que só o Poder Judiciário pode decidir o destino dos bens apreendidos. A medida, no entendimento do juiz, favorece o interesse público, uma vez que a aeronave e pode ser usada no combate ao narcotráfico, e o dos proprietários “havendo objetivo legal expresso de impedir-lhe a deterioração”, anotou.
RECURSO Em entrevista, o advogado do senador Perrella, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, declarou que a família vai até as últimas instâncias para reaver o bem apreendido. Segundo ele, uma petição nesse sentido já foi protocolada antes do recesso de fim de ano do Judiciário, e o documento aguarda parecer do Ministério Público Estadual (MPE) do Espírito Santo. “É natural que o helicóptero volte para a família. A polícia já disse que meu cliente não tem responsabilidade”, declarou Kakay.
Interrogado pela PF em Minas, por meio de carta precatória, Gustavo Perrella negou qualquer envolvimento com o carregamento. O deputado afirmou que foi enganado pelo piloto, seu ex-funcionário de confiança, que pediu autorização para ir a São Paulo fazer um frete de passageiros. Por mensagem de celular, o deputado autorizou o voo de passageiros. O senador Perrella, em entrevista, disse que foi traído pelo piloto.