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Marina descarta apoio à reeleição do governador paulista Geraldo AlckminMarina será confirmada como vice de Campos em janeiroApoiadores de Marina querem mudar alianças estaduaisNome para vice de Campos não foi discutido, diz MarinaMarina reforça que Campos deve ser o candidato do PSBEduardo Campos minimiza divergências com MarinaMarina e Campos se desentendem sobre palanquesPT usa rede social para criticar Eduardo Campos; PSB rebate e eleva tom do debatePSB e Rede divergem sobre data do anúncio da candidatura de Eduardo Campos“Essa não é uma decisão que vai ser tomada de cima para baixo, pelo Campos ou por Marina. É uma decisão que os diretórios estaduais vão tomar”, disse Albuquerque. No dia 17, Campos vai receber no Recife os principais dirigentes do PSB para definir o cronograma de campanha e discutir a situação dos palanques estaduais.
Antes de Marina se filiar ao PSB, em outubro, o PSB paulista articulava uma aliança com os tucanos. À frente das negociações estava o presidente estadual da sigla, deputado Márcio França. O parlamentar continua defendendo o apoio a Alckmin, mas diz que a posição final vai depender do espaço que a legenda vai ter numa eventual coligação. Para França, se o governador não oferecer ao PSB a vaga de vice na chapa, posto para o qual o próprio deputado está cotado, uma nova estratégia pode começar a ser pensada.
Os aliados de Marina, no entanto, apoiam a tese da candidatura própria, independentemente de qualquer conjuntura. O nome natural para a disputa seria a deputada Luiza Erundina (PSB), que resiste à ideia e tem declarado que pretende concorrer novamente a uma vaga na Câmara.
De acordo com integrantes do PSB, Campos, que havia dado carta branca para França negociar o apoio a Alckmin, começou a emitir sinais de que poderia mudar de ideia depois de uma conversa com Marina no mês passado, na Bahia. Na ocasião, a ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon se filiou à legenda e anunciou que iria concorrer a uma vaga no Senado.
A decisão de Marina de antecipar o anúncio de que será vice na chapa seria uma forma de garantir que Campos não vai voltar atrás na decisão de não apoiar o PSDB em São Paulo.
O movimento político da ex-ministra é visto com bons olhos pela cúpula do PSB, que avalia que a sinalização cria um fato novo neste período de pré-campanha e coloca a dupla em evidência já no início do ano.
Pernambuco
A resistência de Marina à aliança com o PSDB em São Paulo, no entanto, não impediu que Campos abrisse espaço em seu governo para a sigla. Na manhã desta sexta-feira (03), ele deu posse a dois tucanos, um na Secretaria de Trabalho, outro na presidência do Detran.
Em dezembro, Campos e o senador mineiro Aécio Neves, que deve concorrer à Presidência pelo PSDB, encontraram-se em um jantar no Rio de Janeiro para discutir possíveis acordos entre as duas siglas nos Estados. Além de Pernambuco e São Paulo, os presidenciáveis avaliaram a possibilidade de dividir palanques em Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul.
Pesquisas
Terceira colocada na corrida presidencial de 2010, quando recebeu cerca de 20 milhões de votos, o nome de Marina aparece sempre com índices maiores que os de Campos nas pesquisas de intenção de voto.
No último levantamento do Datafolha, divulgado em dezembro, Marina alcança 26% das intenções de voto quando disputa com a presidente Dilma Rousseff e com Aécio. Em outro cenário, contra os mesmos adversários, Campos marca 11%.
Levantamentos internos do PSB mostram que a intenção de voto no governador de Pernambuco aumenta quando o nome dele aparece ao lado do da ex-ministra do Meio Ambiente.