Leia Mais
Eleição neste ano vai contar com Ficha Limpa integralComissão da Câmara aprova PEC que estende Ficha Limpa a cargos públicosUnião aperta cerco e exigirá ficha limpa de gestor de ONGMinistro do Trabalho diz que PDT tem 'ficha limpa'Comissão do Senado aprova "ficha limpa" para servidores comissionadosOAB lança hoje projeto Eleições LimpaApesar dos indícios, Figueiredo diz que o ex-governador garante ser inocente: “Ele afirma perante as instâncias partidárias e traz com ele provas de que não houve conduta indevida como gestor público, por parte dos órgãos internos, além de não ter nenhuma decisão que o impeça de sair para o governo”, explica o pedetista. O anúncio da candidatura foi feito em novembro, no aeroporto internacional de Macapá, numa visita do senador José Sarney (PMDB-AP) ao estado.
O líder do PDT diz ainda que o partido tem cinco pré-candidatos, mas apenas Waldez está em situação complicada com a Justiça. Apesar de uma ala na legenda trabalhar para que Ronaldo Lessa retome o controle da administração de Alagoas, Figueiredo diz que é mais provável que ele saia candidato à Câmara dos Deputados.
O senador Ivo Cassol (PP-RO) também tem apoio de uma ala do partido para retomar o governo, mas esbarra em ações na Justiça. O dilema do pepista, no caso, se refere à aplicabilidade da Lei Ficha Limpa. Embora tenha sido condenado em agosto do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por fraude em licitações, o senador acredita que não se enquadra na nova legislação. Em nota divulgada na época da condenação, a assessoria de imprensa do senador informou que o crime ao qual o senador foi condenado não está previsto na lei.
Aplicações da lei
O juiz e coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Márlon Jacinto Reis, no entanto, explica que a jurisprudência é maior que a legislação. “A Justiça tem levado em conta todos os crimes contra a administração pública, tendo ou não essa denominação”, esclarece. Mesmo sendo um dos preferidos do partido, a assessoria do senador descarta a candidatura. Cassol deve articular a corrida eleitoral no estado, indicando o candidato a vice na chapa aliada ao PP. Ele apresentou embargos da sentença aplicada pelo STF.
Condenado a dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha em 2010, o líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho, oficializou a pré-candidatura ao governo do Rio de Janeiro. Na época em que ele e sua mulher, Rosinha, estiveram à frente do estado – de 1999 a 2002 e de 2003 a 2006, respectivamente –, os dois teriam participado de um esquema que desviou R$ 650 mil do estado. A verba teria sido direcionada para o financiamento da pré-campanha do político à Presidência da República em 2006. No ano passado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou o casal ao STF. A ação aguarda julgamento. Procurado pela reportagem, o deputado não se manifestou.
Na corda bamba
Confira quatros possíveis candidatos aos governos estaduais com problemas na Justiça
Anthony Garotinho (PR)
governador do Rio de Janeiro entre 1999 e 2002
Acusado de envolvimento em um esquema de desvio de verba do Rio de Janeiro, no período em que ele e a mulher, Rosinha, estiveram no comando do estado, entre 1999 e 2006, Garotinho foi condenado a dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha em 2010. O montante teria sido usado para o caixa de financiamento da pré-candidatura do político à Presidência da República em 2006. Ele recorre da sentença.
Ivo Cassol (PP)
governador de Rondônia Entre 2007 e 2010
Em agosto de 2013, o senador Ivo Cassol foi condenado a 4 anos e 8 meses de detenção em regime semiaberto e ao pagamento de multa de R$ 200 mil pelo crime de fraude em licitações, que ocorreu quando foi prefeito de Rolim de Moura (RO), entre 1998 e 2002. Na mesma ação, foram condenados o presidente e vice-presidente da Comissão Municipal de Licitações da época. Condenado em última instância, Cassol apresentou embargo.
Ronaldo Lessa (PDT)
governador de Alagoas entre 1999 e 2006
Condenado a 13 anos e 4 meses de prisão pelo desvio de R$ 5 milhões das obras da Macrodre-nagem do Tabuleiro dos Martins por uma ação aberta pelo Ministério Público Federal em 2009. O ex-governador também responde a outras ações na Justiça, por improbidade administrativa e danos morais, entre outras. Ele recorre da sentença.
Waldez Góes (PDT)
governador do Amapá entre 2003 e 2010
O ex-governador do Amapá foi preso em 2010 na Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal, que investigou um esquema de desvio superior a R$ 300 milhões da União que eram repassados à Secretaria de Educação do estado. O ex-governador também é réu de uma ação que trata do desvio de cerca de R$ 74 milhões descontados de servidores estaduais com empréstimos consignados, entre 2009 e 2010.