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Estado de Minas

João Paulo Cunha recebe visita de ex-deputados petistas

Na segunda-feira, o presidente do STF rejeitou recursos de João Paulo no processo do mensalão e autorizou o cumprimento do acórdão que condenou João Paulo a 6 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e peculato


postado em 08/01/2014 19:01 / atualizado em 08/01/2014 19:42

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), recebeu na tarde desta quarta-feira, 8, visita de alguns integrantes do PT. Por volta das 17h, o ex-deputado Virgilio Guimarães ingressou no prédio onde mora João Paulo, localizado no bairro da Asa Sul, região nobre de Brasília. Cerca de 40 minutos depois, João Paulo recebeu a visita do também ex-deputado Paulo Rocha, absolvido no julgamento do mensalão, realizado no ano passado.

Antes do encontro com Virgilio Guimarães e Paulo Rocha, João Paulo havia recebido a visita de José Rainha Júnior, líder do "MST da Base", dissidência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e do presidente do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Lopes. Rainha, que almoçou com o deputado, disse que não foram feitos comentários sobre a possibilidade de João Paulo Cunha renunciar ao mandato. "Pelo que conheço dele, acho difícil (renunciar)", disse.

Indagado sobre os receios de João Paulo de ser preso, Rainha disse que não percebeu esse sentimento. "Inocente não tem medo de cadeia. Eu fui 13 vezes preso. A última vez, fiquei preso nove meses, acusado de tudo que se pode imaginar e saí muito melhor". "Vamos defender sempre esse companheiro injustiçado", disse Rainha, que garantiu conhecer o petista desde o início da década de 1980.

Na segunda-feira, o presidente do STF rejeitou recursos de João Paulo no processo do mensalão e autorizou o cumprimento do acórdão que condenou João Paulo a 6 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e peculato, tendo em vista que os recursos referentes a esses crimes já transitaram em julgado. O petista ainda aguarda a análise de um recurso contra a condenação por lavagem de dinheiro, o que elevaria sua pena a um total de 9 anos e 4 meses.

Barbosa entendeu que o deputado já poderia começar o cumprimento da pena pelos outros dois crimes. Mas o presidente do STF saiu de férias nesta terça-feira, 7, sem expedir o mandado de prisão de João Paulo, e só deve voltar ao trabalho em fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário. Enquanto isso, o deputado petista aguarda em Brasília a emissão do mandado de prisão pelo Supremo, para então se apresentar à Polícia Federal.


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