Brasília - O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nessa quinta-feira, em conversa reservada com a presidente Dilma Rousseff, que o partido não abre mão de indicar o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o Ministério da Integração Nacional. Até setembro do ano passado, a pasta fazia parte da cota do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que rompeu com o governo após decidir disputar a Presidência da República.
A largada da reforma será dada pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e pelo titular da Saúde, Alexandre Padilha. Ele será candidato do PT ao governo de São Paulo e deve deixar a Esplanada em fevereiro. Para o seu lugar, o mais cotado até agora é o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Mozart Sales, coordenador do programa Mais Médicos, mote da campanha de Padilha ao Palácio dos Bandeirantes.
Mercadante
Para a Casa Civil, a presidente está disposta a indicar o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. A troca pode ser feita no fim do mês, quando Gleisi retornar das férias que vai tirar a partir do dia 13. A ministra deixará o cargo para reassumir o mandato de senadora e ser candidata do PT ao governo do Paraná.
Embora Dilma ainda mantenha suspense sobre a substituição, auxiliares da presidente acreditam que o pedido de Lula contará a favor de Mercadante. O ex-presidente disse a Dilma que ela precisa de alguém com “peso político” na Casa Civil durante a campanha da reeleição. A pasta é a responsável pela gerência do governo.
Em conversas reservadas, a presidente confidenciou que avalia a possibilidade de transferir Marta Suplicy do Ministério da Cultura para a Educação. Uma ala do PT, porém, quer que o atual secretário executivo do MEC, José Henrique Paim Fernandes, seja “puxado” para o comando da pasta.