A Justiça Federal no Espírito Santo negou o pedido da defesa do deputado Gustavo Perrella (SDD) que reivindicava a devolução do helicóptero da família. A aeronave está apreendida desde o final de novembro do ano passado, quando foi flagrada em um município do interior capixaba com cerca de 443 kg de cocaína. O juiz Marcus Vinicius Figueiredo de Oliveira Costa, da 1° Vara Criminal, refutou o argumento da Limeira Agropecuária – empresa de Perrella e outros familiares -, de que o fato de estar parado poderia danificar o helicóptero. O juiz ainda sustentou sua decisão na lei que determina que veículos e aeronaves apreendidas por tráfico de drogas devem ser usados pelas autoridades policiais.
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Apreensão
Em novembro do ano passado, o helicóptero foi visto sobrevoando a fazenda, localizada próximo ao município de Afonso Claúdio, no Espírito Santo, e depois desapareceu. A polícia acionou reforços do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo, mas só depois conseguiram flagrar a aeronave em uma clareira, depois que um policial subiu em uma árvore alta.
Devido à grande quantidade de droga apreendida, a PF foi acionada pela PM. Além dos 443 quilos de cocaína, foram recolhidos R$ 18 mil em dinheiro. Foram presos o piloto Rogério Almeida Antunes, de 36 anos, que é natural de Campinas, São Paulo, o co-piloto Alexandre José de Oliveira Júnior, de 26 anos, o comerciante Róbson Ferreira Dias, de 56, e Everaldo Lopes de Souza, de 37.
Os suspeitos estão presos e ficarão à disposição da Justiça. Se condenados, podem pegar de 3 a 15 anos por tráfico de drogas, 3 a 10 anos por associação ao crime de drogas e ainda ter um aumento de pena em 2/3 por tráfico interestadual.